4 lições que aprendemos com Avatar: A Lenda de Aang
Olá, benders, turneiros! Num contexto de pandemia em que não temos muitos lançamentos e se faz cada vez mais importante olharmos para nós mesmos, achei interessante trazer uma animação que pudesse iluminar esses tempos sombrios e divertir a todos. Avatar: A Lenda de Aang, foi uma série animada, exibida pela Nickelodeon entre os anos de 2006 e 2008, trazendo um mundo fantástico que foi baseado na cultura asiática.
A obra vai além de boas lutas, trazendo momentos divertidos, personagens com bom desenvolvimento, enredo fechado e também a filosofia oriental que está presente na cultura das quatro nações que ocupam esse mundo e também é refletida nos próprios personagens.
A animação criada por Bryan Konietzko e Michael Dante DiMartino trás elementos baseados no leste asiático, incorporando elementos da cultura, mitologia e arte aos conceitos desenvolvidos para a série. Neste aspecto, muito da cultura oriental nos é apresentado enquanto acompanhamos a jornada de Aang e seus amigos.
Equilíbrio
Penso que o ponto mais importante abordado na série é o equilíbrio, seja entre nações, ou mesmo entre humanos e espíritos, cujo o qual, o Avatar é a ponte que os conecta. A própria existência do Avatar é uma prova do quão importante é manter esse equilíbrio, já que essa responsabilidade é a razão da sua existência.
Na história da Lenda de Aang, conhecemos um mundo imerso numa guerra que dura cem anos. O avatar estava desaparecido, o que jogou o mundo numa era de terror e desunião, marcados pelo avanço da Nação do Fogo sobre outros povos.
Durante o desaparecimento do Avatar Aang, a Nação do Fogo exterminou toda uma cultura, pondo fim aos nômades do ar, tornando Aang o último de seu povo. Além disso, eles eliminaram quase todos os dobradores de água do Polo Sul e colonizaram parte do Reino da Terra.
Todos esses processos jogaram o mundo em um século de caos e desordem, mostrando o quão importante o equilíbrio é necessário para tornar o mundo melhor.
Honra
Honra é um conceito que tem certa importância no mundo de Avatar, já que está intimamente ligado a dignidade e a reputação dos personagens. Zuko, o príncipe exilado da Nação do Fogo, tem como missão para ser reintegrado a sua nação, achar e capturar o Avatar.
Zuko foi exilado ainda muito jovem, depois de discordar de seu pai, o senhor do fogo Ozai, quando o mesmo queria usar parte de suas tropas como isca para uma emboscada. Ozai desafiou o próprio filho para um agni kai, uma espécie de duelo entre dobradores de fogo. Nele, o próprio pai de Zuko queima seu rosto e o exila.
Para a sorte do jovem príncipe, seu tio Iroh o acompanhou em seu exílio e foi extremamente importante para que Zuko percebesse o que de fato é honra e de como ele deveria fazer as escolhas certas na vida.
A trajetória do personagem, passando de um príncipe renegado a um mendigo e ladrão e por fim se tornando mestre do Avatar, tem muito sofrimento e aprendizado, até Zuko perceber que ele é quem faz a própria honra.
Espiritualidade
Outro conceito extremamente marcante em Avatar é a espiritualidade. Ela não só representa o Avatar e suas obrigações, como ordena boa parte do universo da animação.
A presença de espíritos nesta série não é incomum, tendo grande impacto na trajetória dos personagens, principalmente Aang, assim como tem importância para o equilíbrio do mundo.
Um bom exemplo é quando acontece o cerco naval no Polo Norte, quando a Nação do Fogo ataca a Tribo da Água do Norte. O comandante Zhao mata Tui, o espírito da lua, com o objetivo de acabar com a dobra de água.
Quando isso ocorre, o mundo fica em desequilíbrio e totalmente cinza, sendo salvo por Yue, uma jovem princesa que tinha sido salva pelo espírito a anos atrás.
Sem os espíritos, o mundo de Avatar estaria em desequilíbrio, jogado no caos e desordem. Por isso, Aang deve lutar para por fim a guerra e assim salvar a humanidade do caos.
Responsabilidade
Ainda que seja o Avatar, responsável por manter o equilíbrio entre o mundo dos espíritos e dos humanos. Ele ainda tem doze anos, ou cento e doze se contarmos o tempo que ele ficou congelado.
Por muito tempo, Aang tenta negar suas responsabilidades, chegando a abandonar o seu povo. Sua fuga o salvou do ataque da Nação do Fogo, mas o impediu de estar lá para proteger os nômades. Assim, fazendo o mundo perder uma nação inteira para sempre.
Depois de ver todo o sofrimento que a Nação do Fogo causou em sua ausência e a possibilidade do mundo perder mais um povo. Aang não tem outra escolha se não assumir a responsabilidade como Avatar e restabelecer o equilíbrio no mundo.
Dessa maneira, através de Aang, aprendemos o preço das nossas escolhas e a importância de cumprirmos com nossas responsabilidades
Avatar na Netflix
Em 2018, a Netflix anunciou a produção de uma série live-action de Avatar. O que representa justiça para os fãs se lembrarmos da versão cinematográfica que teve vários problemas e não agradou a maioria.
Recentemente, os criadores da animação abandonaram o projeto, alegando discordâncias com a Netflix. Ainda assim, a série continua em produção, tendo parado após a pré produção por conta da Pandemia de Covid-19.
A série ainda não possuí data de lançamento e nem indicação de nomes para o elenco. Mas sabemos que a Netflix pretende corrigir os erros cometidos no filme de 2010. Dessa vez, trazendo um elenco com etnias diversas e sem um embranquecimento dos personagens, conhecido como whitewashing.
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Ps: Se quiserem uma lista dos ensinamentos do Tio Iroh, é só pedir!
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