5 Fatos que provam que a realidade de The Handmaid’s Tale não está tão distante assim
Em The Handmaid’s Tale, assistimos mulheres perderem seus direitos o tempo todo. June, Emily, e tantas outras nos emocionam com suas histórias de vida e sofrimento. Enfim, ao longo seriado conhecemos personagens privadas de seus direitos por conta de uma visão deturpada de mundo.
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Apesar da realidade parecer muito distante infelizmente ainda existem países, com leis e/ou costumes, que estimulam não só a desigualdade entre os gêneros, mas também a superioridade do gênero masculino perante ao feminino.
Fato #1 Mais de 200 milhões de mulheres, segundo a UNICEF, foram genitalmente mutiladas
No seriado esse procedimento acontece para torturar Emily. Nos países aonde essa prática ainda acontece, o procedimento é um ritual de passagem. Assim, é comum que as mulheres passem por esse procedimento antes do casamento.
Sendo utilizados para tal giletes, canetas e qualquer outro tipo de objeto cortante. Mais de 44 milhões dessas mulheres tem 14 anos ou menos quando realiza o rito.
Fato #2 Segundo a UNODC, de 2012 a 2014, mais de 60 mil pessoas foram vítimas do tráfico de pessoas, a maioria eram mulheres
Em The Handmaid’s Tale não se especifica a quantidade de mulheres traficadas. Porém não é difícil perceber que essa é a realidade de muitas mulheres. Desse modo, na distopia, os homens usam as mulheres para a reprodução e alimentação do ego masculino. Não muito diferente dos dados acima.
Como na série, mais de quarenta mil mulheres no mundo são vítimas de exploração sexual e trabalho forçado. Enfim, a única diferença é que na série são americanas e na vida real são geralmente africanas, latinas e asiáticas.
Fato #3 Em pelo menos 8 países, o estupro não é punido dependendo da situação
Na série, outra característica dessa nova sociedade são os estupros constantes das Aias. Para os que pregam a religião no seriado, o ato é um rito abençoado por Deus e não um crime. Para pelo menos 8 países, o estupro ainda não é visto como crime se o marido for o agressor.
Em países, como Bahamas, Congo, Singapura e Índia, um homem pode ter relações sexuais com sua esposa contra sua vontade, desde que ela já tenha a idade mínima determinada por lei. Enfim, mesmo quando o estupro acontece com vítimas solteiras o casamento ainda é uma solução possível em muitos países.
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Fato #4 Em pelo menos 18 países, mulheres ainda precisam de autorização do marido para trabalhar
Serena, uma das personagens mais emblemáticas e odiadas da série, abandona seu trabalho para assumir seu papel de esposa e mão nessa nova sociedade. Apesar de não desejar isso, ela age assim, pois mesmo tendo co-criado o movimento continua sendo uma mulher. Logo, como todas as outras precisa se submeter as vontades e desejos do marido.
Do mesmo modo, em pelo menos 15 países, essa realidade é similar, no Iêmem, por exemplo, uma mulher só pode sair de casa com a permissão do marido (Via Época Negócios).
Fato #5 Mais de 150 milhões de meninas correm o risco de ser submetidas a casamentos forçados até 2030, segundo a UNICEF
Como na série, essas meninas não tem permissão de escolher seus noivos ou mesmo se querem se casar. Enfim, muitas delas acabam em relacionamentos infelizes e/ou abusivos por falta de escolha. Esses números são absurdos e não se restringem a Índia, África e Oriente Médio.
Por exemplo, o Brasil é o quarto país com mais casamentos de crianças e adolescentes, mais de um milhão de mulheres no Brasil casou antes de completar dezoito anos. Através das pesquisas percebe-se que graças as lutas dos movimentos sociais, essa desigualdade vem diminuindo, porém ainda não é o suficiente. O número de mulheres vítimas de agressões sexuais e físicas ainda é muito alta.
Milhares de mulheres, em pleno século XXI, sofrem com situações humilhantes e degradantes. Enfim, é a hora de acordarmos e discutirmos sobre. Infelizmente não é só em The Handmaid’s Tale que essas coisas ainda acontecem.
Enfim, se lembram de algo que deixei de fora? Comentem aqui embaixo
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