5 Motivos para assistir The Bold Type de uma vez
The Bold Type é uma serie que se passa na indústria da moda, mas não é uma série sobre a indústria. É um programa ficcional sobre mulheres inseridas no mundo da moda, mas com todas as suas complexidades e diversidade que vão além disso.
A sinopse da série traz Jane (Katie Stevens) como uma recente promovida redatora apaixonada por seu trabalho, mas um tanto insegura, Sutton (Meghann Fahy) a única das três amigas que ainda é secretária e sonha em trabalhar no setor de moda e Kat (Aisha Dee), a diretora de mídia da empresa, ousada e destemida (sim, é apenas isso que falam da Kat).
Atualmente na quinta temporada, as protagonistas não estão mais neste ponto em suas vidas profissionais e pessoais, já passaram por toda uma montanha-russa de emoções, mas sem perder a essência de amigas juntas em busca do sucesso e felicidade.
O programa é uma pérola escondida, trazendo além de personagens palpáveis, uma amizade saudável e real, e temas necessários conforme a proposta do programa, mas de forma leve e confortável.
E se não foi convencido ainda vou listar 5 motivos do porque The Bold Type é incrível e necessário:
As Personagens
Mulheres reais, diferentes entre si, com sonhos, inseguranças, vivências e ideologias diversas, esse é o tipo de personagens que vemos nessa série.
Jane é a que tem mais pudores sociais entre as amigas, mas vemos a cada episódio ela se libertando dessas barreiras impostas; Sutton teve uma vida complicada, e isso só a fez mais resiliente e determinada; enquanto Kat está superando seus próprios bloqueios emocionais, descobrindo sua sexualidade e sendo uma grande ativista das causas sociais.
Mas além das três temos Jacqueline, Adena… e todas elas e outras se interligam num fator: são mulheres independentes e poderosas, que lutam pelo que acreditam.
Mas não é só de mulheres incríveis que a série é feita, os personagens masculinos dão um show também. Alex é um dos colunistas da revista e um grande amigo, Richard veio diretamente de um conto de fadas, Pinstripe é um pegador impossível de não ter crush e Oliver é o exigente diretor do setor de moda que vai conquistar seu coração.
As Questões
Temas como preconceito, sexualidade, prevenção de doenças, assédio…(Se eu for listar todas que já foram pauta na série, vou precisar de um texto só pra isso) são questões que estão no nosso cotidiano e por isso é necessário estarem cada vez mais presente nos programas para deixarem de ser tabu e mais pessoas vê-los como comportamentos errôneos que devemos combatê-los.
No entanto, são situações pesadas e desconfortáveis e com isso algumas pessoas não querem lidar com eles em seus momentos de lazer, ainda mais se forem intensos e jogados na nossa cara como The Handmaid’s Tale e Black Mirror, por exemplo.
Talvez a forma que essa dramédia lida com essas questões seja o que mais me encanta no seriado.
Há uma leveza em como os temas são abordados, é intrínseco daquelas pessoas e lugares, o que não faz se sobressair da história como se estivesse ali apenas para “fanservice”, além disso, a forma que os personagens se questionam são questionamentos reais e a tentativa da produção de fazer o caminho correto, sem parecer que os personagens são perfeitos é algo incrível.
A Amizade
Não existe uma amizade ideal, as pessoas têm personalidades e se conectam em níveis diferentes, mas existem amizades admiráveis e outras tóxicas (seja na série ou na vida) e a união de Kat, Jane e Sutton, com certeza é algo para se admirar.
Desde o início do programa, elas são amigas acima de tudo e estão presentes para as outras em qualquer situação, ajudando tanto nas coisas mais básicas do dia a dia quanto nas questões mais profundas.
Não quero dizer que nunca brigam, mas quando acontece, elas estão abertas a ouvir e tentar consertar, afinal elas se amam sobre qualquer coisa.
E ai do boy (ou a girl) que não entender que ali são amigas antes de caras e que ao se envolver com uma, acaba se relacionado com todas.
A chefe
O seriado foi criado baseado na carreira de Joanna Coles, diretora de conteúdo da Hearst Magazine e anteriormente da Cosmopolitan, tendo sua personagem bibliográfica recebido o nome de Jacqueline Carlylee sendo interpretada pela Melora Hardin.
Como ela é também produtora do programa, não dá pra saber o quanto é real, mas a Jacqueline com certeza é a chefe dos meus sonhos. Uma editora badass como a Miranda Priestly (O Diabo Veste Prada), mas diferente da citada é uma ótima pessoa também.
Seus subordinados a adoram por que ela está disposta a ouvi-los, a acatar suas ideias, a defendê-los e a ajudá-los crescer. É uma chefe exigente sim, pois acredita na capacidade de seus funcionários e está ali para ajudá-los a alcançar seu melhor, sem nunca desprezá-los.
A Evolução
O crescimento dos personagens é notável. Ao longo das 4 temporadas, vemos personagens muito mais maduras para lidar com as situações. Elas não estão mais no mesmo ponto que começaram a história da série, evoluíram em suas carreiras, superaram traumas, tiveram relacionamentos e muito mais.
Grandes partes dos seriados limita seus personagens a certas funções e empresas, pois sua história não se sustenta com mudanças. Mas The Bold Type não. As vemos subindo de cargo, tentando outras empresas e tomando decisões reais — sem que pareça trocar seis por meia dúzia, como diria minha mãe.
Mesmo quando repete uma situação, ela já não é da mesma forma que foi antes. Podemos ver isso, por exemplo, nos relacionamentos amorosos de Jane e Sutton, que, apesar de repetir o par romântico, a relação evoluiu junto aos personagens.
Quando comecei The Bold Type não tinha expectativa, vi apenas por que era sobre uma revista de moda, mas se tornou uma das minhas favoritas. Com todas as mulheres para admirar, questões bem desenvolvidas e sem parecer perfeita demais ou triste demais é uma experiência para qualquer momento.
Vocês já conheciam? Vem comentar comigo!
Não? Então corram pra assistir!
Terminou de assistir? Dê uma chance a Valéria
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Revisado por Leandro Reis