Os 5 piores episódios de Grey’s Anatomy

Nem todo mundo aqui sabe, mas desde o início do ano estou numa maratona intensa revendo todos os episódios de Grey’s Anatomy. Reassistir é quase tão emocionante quanto ver pela primeira vez, as lágrimas seguem presentes, mas os piores episódios conseguiram ficar ainda mais revoltantes.

A verdade é que assistir de novo, sem a pressa de terminar ou de descobrir o que vai acontecer, conseguiu me deixar com ainda mais raiva dos episódios ruins e desnecessários que passaram pela série e que poderiam facilmente nunca terem existido.

Sendo assim, hoje vou listar os 5 piores episódios de Grey’s Anatomy na minha humilde opinião agora, bora pra lista?!

Onde assistir: Disney +.

#Episódio 1. S12E09: ‘The Sound of Silence‘ (Tradução: O Som do Silêncio)

A lembrança desse episódio já me dava raiva, mas rever foi simplesmente entediante. A ideia em si não é ruim, situações como essa podem acontecer com médicos. Mas o que faz dele um dos piores episódios de Grey’s Anatomy é a sua inutilidade.

Para quem não se lembra, em ‘The Sound of Silence’, nossa Meredith é agredida por um paciente, depois dele ter uma convulsão. O episódio acontece um pouco depois do afastamento da protagonista por conta do luto do Derek. E é só mais um episódio filler chato que serve para absolutamente nada.

Seja para a trama da 12ª temporada ou das futuras, todo o evento poderia ter sido facilmente excluído. Apesar de ter sido até mencionado, depois têm zero relevância para a narrativa da temporada e não serve nem como entretenimento. Ninguém queria ver Meredith com sorriso de ferro assustando as suas crianças depois da perda do Derek.

Ela não merecia passar por mais esse tormento e nem a gente. O episódio é cansativo e não constrói nada relevante. Aliás, sua presença atrapalhou outros plots que poderiam ter usado esse tempo de tela para serem melhor desenvolvidos. Como o divórcio da April e do Jackson, a recaída da Amelia e até o término da Jo e do Alex.

Simplesmente uma daquelas ideias que a gente não consegue entender como Shonda aprovou.

#Episódio 2. S07E18: ‘Song Beneath the Song‘ (Tradução: A Canção Dentro da Canção)

Antes de tudo, quero deixar claro que amo episódios musicais, mas para eles existirem, precisa fazer algum sentido e funcionar naquela realidade. Em Song Beneath the Song‘ as coisas simplesmente não fluem, as músicas escolhidas são boas, o elenco não canta mal, mas a narrativa não funciona como musical.

Sendo honesta, a premissa é interessante, existe uma explicação lógica para a cantoria, já que fica claro que tudo não passa de uma alucinação da Callie e entendo porque pode ter parecido uma boa ideia. Grey’s Anatomy é conhecida por sua trilha sonora marcante e de ótima qualidade. Quem pensou nisso deve ter achado genial, mas o conceito simplesmente não se encaixou com o formato e dinâmica da série.

Especialmente em um momento de tensão tão grande, estávamos todos aflitos para saber se Callie e Sofia sobreviveriam, ninguém estava a fim de ver os médicos cantando Chasing Cars, não importa o quanto a gente ame essa música. Principalmente da forma como fizeram, a sobreposição entre diálogos e canções, a quantidade de músicas, transformou tudo numa grande confusão, ficando difícil para a gente realmente se envolver ou até entender a seriedade do que estava acontecendo.

Resumindo, acabou transformando um plot com um enorme potencial em uma chatice sem tamanho. Revendo, não tive outra opção sem ser dar umas puladas, ou nunca conseguiria chegar no final.

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#Episódio 3. S10E17: ‘Do You Know?’ (Tradução: Você sabe?)

Mais um episódio que por mim nunca teria existido. Até entendo o que os roteiristas estavam pensando, porque por mais que Owen e Cristina sejam um casal marcante, eles nunca seriam felizes a longo prazo porque, para que um alcançasse o que queria, o outro precisaria abdicar um pouco de si. ‘Do you know?‘ deixa isso bem claro, mas precisava mesmo existir?

O episódio não contou nada que a gente já não soubesse, já sabíamos que Cristina e Owen não funcionavam juntos há muito tempo. Não assisti-lo não faz a mínima falta para o restante da temporada ou da série como um todo. É mais um episódio que só ocupa espaço e que inclusive deixa pontas soltas.

Além de Owen e Cristina, Jackson também tem sua vida completamente modificada nessa realidade por conta de um acidente de trabalho, mas isso mal é retratado. Fiquei o episódio todo pensando, “tá, mas como esse acidente mudaria o relacionamento dele com a April? Eles seriam mais felizes, ou menos felizes?” Nos daria uma perspectiva e uma resposta de algo que a série não tinha respondido, ao invés de assistirmos ao drama de Owen e Cristina, que já sabíamos as respostas.

O episódio é monótono e repetitivo, já vimos tudo isso antes, não foi a primeira vez que vimos uma realidade alternativa ou o plot do cirurgião que não pode mais operar. Olha, que esse até poderia ter fluído se estivesse ali para trazer profundidade a April e Jackson, mas só está ali por estar.

E eu lhes pergunto, para quê? Pura perda de tempo, se rever de novo essa série, nem me darei o trabalho de assistir de novo esse episódio.

#Episódio 4. S08E13: ‘If/Then’ (Tradução: Se/Então)

Não acho essa a pior ideia de episódio que eles já tiveram, tem alguns momentos divertidos, mas, no geral, não agrega muito à série e não faz muito sentido. Para quem não lembra bem, em ‘If/Then‘ Webber não abandona Ellis, e Meredith tem uma infância mais estruturada. Apesar disso, a mãe dela ainda não é perfeita e ela ainda cresce com um sentimento de insuficiência, mas ao invés da raiva, ela acaba se tornando uma pessoa que vive tentando agradar à mãe.

Até aí, tudo bem, foi interessante ver as vidas que foram tocadas pela Meredith, mas agora como essa mudança transforma Karev em um nerd? Ou, por que Owen acaba casado com a Callie? A gente até entende porque ele não estaria com a Cristina, ou porque a Bailey não é a Bailey que a gente conhece, mas tem decisões que parecem ter sido feitas apenas para alívio cômico. Personagens que conhecemos são completamente descaracterizados sem fornecer nenhuma explicação plausível, simplesmente terrível!

Eu sei que o episódio é somente um filler, mas para mim esse tipo de episódio só faz sentido se eles trouxerem algum propósito na narrativa. Como desenvolver um personagem, tema ou, na pior das hipóteses, pelo menos nos divertir o bastante para a gente nem questionar a inutilidade dele.

E apesar desse episódio fazer um pouco isso, ao trazer referências a Izzie, George e a ‘virgindade‘ da April de uma maneira divertida, faltou muito para ‘If/Then’ ser realmente um bom episódio. A única parte boa mesmo é sua parte cômica, uma pena não terem equilibrado melhor o humor com a essência dos personagens, teria sido mil vezes melhor.

#Episódio 5. S12E11: ‘Unbreak my Heart’ (Tradução: Não Quebre Meu Coração)

Botar esse episódio na lista é até difícil, porque tudo que eu sempre quis era que o casal fosse desenvolvido e não ficasse de lado em prol de outras tramas, mas ‘Unbreak my Heart’ é péssimo. Se você não se lembra, esse é o episódio focado neles antes do de Montana, que acontece na temporada seguinte.

Nele, a ideia é mostrar o que vinha acontecendo com o casal com mais profundidade, do surgimento da amizade entre eles até a ruína do relacionamento. Parece uma ótima ideia, não é? Mas a execução foi simplesmente caótica e esse episódio veio parar nessa lista.

O principal motivo é o formato, essa proposta de ficar rebobinando entre passado e presente é confusa e acaba ficando maçante de assistir, porque você precisa o tempo inteiro ficar tentando adivinhar em que momento aquilo aconteceu.

Como fã do casal, senti o episódio como uma migalha, já que vocês querem e a gente não conseguiu entregar no resto da temporada. Toma aí junto e misturado um monte de recortes, sendo que seria mil vezes melhor acompanhar ao longo dos episódios ou, na pior das hipóteses, em um episódio focado neles que seguisse pelo menos uma linha cronológica.

Enfim, odiei, e vou dizer para vocês, que apesar de eu amar esse casal, tem muita coisa da história deles que simplesmente não faz sentido pra mim, esse episódio mesmo é uma dessas coisas.

PS: O de Montana não entrou aqui, porque eu até gosto do episódio, o problema é que parece que a Shonda não sabe que ele existe, já que não serviu para absolutamente nada.

Bônus: S13E08 ‘The Room Where It Happens’ (Tradução: A sala onde acontece)

Simplesmente outro episódio terrível, daqueles que dá vontade de pular cena por cena. Nele, Meredith, Richard, Owen e Stephanie estão operando um paciente sem nome e usam suas próprias experiências para dar o melhor atendimento possível àquele homem, saindo do automático.

É até interessante conhecer um pouco mais do passado de cada um, ver todo o sofrimento da Stephanie quando criança, como foi para a Meredith dar a notícia da morte do Derek para os filhos e ver Owen ter que encarar toda a questão com sua irmã, que ainda não tinha sido encontrada. O problema é a forma como essa narrativa se desenrola.

O episódio todo se passa dentro de uma sala de cirurgia e inclui apenas esses quatro personagens com suas interações e reflexões, o que torna tudo muito maçante. Especificamente, as cenas de flashback destoam muito do que está acontecendo na cirurgia, e não conseguem trazer o impacto que deveriam.

Embora seja interessante saber de tudo aquilo e nos ajude a entender melhor os personagens. Assistir, especialmente numa segunda vez, simplesmente não te prende. Por ser excessivamente dramático e influenciar muito pouco o resto da temporada.

Com isso, a gente encerra essa lista por aqui, concordam com os episódios que eu escolhi ou sentiram falta de algum? Me conta nos comentários.