A Resistência e a possibilidade do futuro da IA
Se você é um fã de ficção científica e futuros distópicos, fica por aqui, pois A Resistência tem isso e muito mais. O novo filme de Gareth Edwards, que trabalhou também em filmes como Rogue One: Uma História Sta Wars e Godzilla, promete ser mais um queridinho do gênero sci-fi. A obra traz uma perspectiva de análise social e política ao retratar uma sociedade onde a Inteligência Artificial se tornou uma nova raça, convivendo com os humanos… Quer saber mais? Continua lendo.
Sobre o que é o filme?
Em A Resistência vemos um futuro no qual a civilização ocidental entrou em guerra contra os robôs inteligentes e contra o Oriente que os abriga como cidadãos. Após uma ogiva nuclear lançada por uma Inteligência Artificial, que deveria cuidar dos humanos, destruir Los Angeles, os EUA e os países ocidentais passam a destruir os robôs e declaram guerra contra todos que protegem a IA.
Assim, no meio disso, Joshua (John David Washington) é um agente infiltrado que se apaixona por uma das defensoras da vida da IA. Quando um ataque dá errado, ele perde sua esposa Maya (Gemma Chan) e a filha ainda por nascer. Após 5 anos, enquanto se recupera de seu luto, ele é recrutado para identificar uma nova arma criada pelo cientista líder da resistência. Durante a missão, ele acaba descobrindo que a arma secreta é um robô em forma de criança. O que será que ele fará a partir daí?
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O que é debatido no filme?
Como dito antes, o filme traz como pano de fundo uma sociedade baseada na relação entre robôs sencientes e humanos. Apesar de se parecerem e se comportarem como humanos, eles são apenas servos da humanidade. Portanto, mesmo que a premissa do filme trate de tecnologia, a discussão principal envolve mesmo temas como relações sociais, já que os robôs se tornam uma nova raça a conviver no planeta. Dessa forma, ele acaba debatendo questões sociais, raciais e imperialistas.
Quando vemos os Estados Unidos declararem guerra contra o Oriente com base na diferente percepção sobre a coexistência com seres de Inteligência Artificial, surge um questionamento: será que o principal motivo disso é autoproteção? Ainda mais com o histórico de intromissão dos EUA em conflitos pelo mundo por conta de seus interesses econômicos. Essa, para mim, seria a parte mais interessante do filme, porém não foi muito explorada e fica mais nas entrelinhas ao longo do roteiro.
E vale a pena assistir A Resistência?
Posso dizer que sim, vale a pena. O filme diverte e emociona ao mesmo tempo, levando a uma reflexão sobre o que significa a humanidade e como as guerras afetam a vida das pessoas.
As atuações foram ótimas, especialmente a de Madeleine Yuna Voyles, que interpretou Alfie, a arma secreta da IA. Junto a isso, vale dizer que os efeitos especiais ficaram excelentes, proporcionando um tom extremamente realista e convincente à obra, o que permite uma melhor imersão do telespectador.
Por tudo isso, acredito que você vai gostar bastante de A Resistência.
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