Alerta Máximo não surpreende mais que filme de sessão da tarde
Janeiro chegou e aproveitando as férias escolares, o que não falta são títulos inéditos nos cinemas para nos surpreender e entreter. Alerta Máximo, novo filme com o carismático Gerard Butler (300 e PS: Eu Te Amo), vem com esse mesmo intuito!
Sobre o que se trata o filme?
Com estreia prevista para 26 de janeiro, o longa traz a história do admirável piloto Brodie Torrance (Gerard Butler). Seguindo o clichê comum do gênero de ação, Brodie é mais do que só um piloto, sua maior motivação é cumprir a promessa que fez à filha antes de entrar no avião de reencontrá-la. Dessa maneira, mesmo diante do caos e situações desesperadoras, Torrance se mantém firme no seu objetivo, não só de retornar vivo, mas de salvar o máximo de passageiros possível no processo.
Sendo assim, mesmo quando o avião apresenta falhas, ou quando ele é obrigado a fazer um pouso forçado, sua obstinação não diminui nem um pouco. Seus passageiros são sua responsabilidade e ele vai fazer tudo que está no seu controle para salvá-los. No entanto, o que ele não esperava é que a Ilha desconhecida onde pousaram fosse, na verdade, um reduto de criminosos e perigos.
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Alerta Máximo é um bom filme de ação?
Desse modo, deste ponto em diante o filme usa e abusa do seu gênero. Com um roteiro assertivo e focado mais nos acontecimentos, descobrimos logo de cara tudo que veremos ao longo da narrativa. Contudo, ainda que a angústia tenha funcionado em certo grau, a verdade é que não há muitas surpresas em Alerta Máximo.
Enfim, não é difícil prever as escolhas dos personagens, e ainda que o filme funcione como distração, não atinge seu máximo, pois comete erros significativos. Por exemplo, seu roteiro, ainda que não seja de todo ruim, entrega uma história sem muitas camadas e que explora pouco o potencial de interação dos personagens.
Sua assertividade pode agradar algumas pessoas, pois garante mais tempo de tela para as cenas de ação. Porém, a falta de exploração dos personagens torna as relações entre eles superficiais e pouco marcantes. Até mesmo as cenas de drama que existem soam forçadas exatamente por parecerem uma adição preguiçosa para dar uma motivação a mais aos personagens.
Por outro lado, é impossível negar o bom trabalho do diretor Jean-François Richet, que entrega uma direção inteligente, dando preferência ao close-up nas cenas de ação e ângulos mais tradicionais em outros momentos. Essas escolhas garantem boa parte da tensão, mas não resolvem os problemas já mencionados.
Principalmente a falta de camadas dos “bandidos da Ilha” que são introduzidos como vilões e não tem espaço para motivações ou nenhum tipo de desenvolvimento. Os atores responsáveis por esses personagens, por sua vez, também decepcionam com atuações fracas que, junto a um roteiro que não os constrói, faz com que seja mais interessante ver as cenas iniciais do avião do que as esperadas trocas de tiro com eles.
Sendo assim, Alerta Máximo marca como um filme divertido, mas também decepcionante se você está esperando um pouco mais que um filme de sessão da tarde.
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