Chadwick Boseman | Heróis nunca serão esquecidos
Olá, leitores. Nesta sexta, dia 28 de agosto do ano 2020, perdemos o ator, diretor e roteirista, Chadwick Boseman, o nosso Pantera Negra.
Chadwick sofria desde 2016 de um câncer no cólon, mas isso não o impediu de nos presentear com sua atuação fantástica e com suas contribuições importantíssimas para a sétima arte e para a sociedade. Ele faleceu em casa cercado pela família.
Por ter sido tão importante na luta contra o racismo, tendo se tornado um simbolo da representatividade negra ao longo de sua carreira e ter ocupado um lugar especial em nossos corações, resolvemos prestar uma homenagem, falando um pouco sobre sua história e a importância de seu trabalho.
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Uma longa caminhada
Chadwick Boseman nasceu na Carolina do sul, no ano de 1976, sendo filho de uma enfermeira e um operário da industria têxtil. Assim, ainda cedo, começou a se interessar pela arte do cinema e teatro, tendo escrito e encenado em sua primeira peça ainda nos anos 90.
No ano 2000, formou-se em Belas Artes e Direção pela universidade Howard em Washington e depois, por meio de uma bolsa de estudos, viajou para a Inglaterra, onde fez um curso de verão na British American Drama Academy.
Quando voltou aos EUA, começou a dar aulas de teatro em um instituto de cultura negra do Harlem, o Centro Schomburg.
Dessa forma, para nossa sorte, ele não se manteve apenas na academia. Chadwick trabalhou escrevendo e contracenando no teatro, chegando a ganhar o prêmio Joseph Jefferson em 2006. Vale destacar que ele também escreveu e contracenou diversas peças com temáticas voltadas para o Hip Hop.
Na tv, teve participações em diversas séries, como Third Watch, Law & Order, ER, CSI NY, entre outras, mas foi no cinema que Chadwick tornou-se realmente conhecido do grande público.
Sétima arte e a representatividade
A experiência adquirida em anos de estudo e trabalho na tv e no teatro, deram uma boa bagagem para Chadwick. Além disso, ele nos presenteou em seus anos no cinema com diversas atuações de personagens reais e muito importantes, trazendo para a sétima arte a luta pela igualdade.
Entre seus papéis mais importantes no cinema, podemos citar Jackie Robinson, o primeiro atleta negro a jogar na liga principal de baseball, no filme 42: A História de uma Lenda. Boseman também atuou como o Rei do Soul, James Brown, no filme Get On Up. Em 2017, atuou como Thurgood Marshall, o primeiro advogado negro a tornar-se presidente do supremo tribunal dos EUA, no filme Marshall: Igualdade e Justiça. Como vimos, mesmo antes de Pantera Negra, Chadwick já havia escrito e atuado em diversas obras de grande relevância.
Dessa maneira, ao atuar como o grande herói de Wakanda, Boseman deu a milhares de crianças do mundo todo, um representante, um espelho onde veriam reis e heróis. Esse tipo de conquista é muito importante para que a sétima arte se torne mais representativa e inclusiva.
Obras finais
Antes de falecer, Chadwick participou do filme Ma Rainey’s Black Bottom, que conta a história de quatro músicos dos anos 1920 de Chicago. O enredo nos apresenta a tenção entre a cantora Ma Rainey, seus colegas músicos e os produtores da banda. No longa, Boseman atua como Levee, um jovem trompetista que sonha em liderar sua própria banda. Por fim, o filme conta também com a presença de Viola Davis como a cantora Ma Rainey e com a produção de Denzel Washington.
Além de Ma Rainey´s que ainda será lançado, é possível assistir pela Netflix, a obra Destacamento Blood, dirigido por Spike Lee. O filme nos conta a história de veteranos da guerra do Vietnam que retornam ao país em busca dos restos mortais de seu comandante e de um tesouro escondido.
Campos Verdes
O ator era cotado para participar do filme Pantera Negra 2, mas como o longa ainda estava em pré produção, não havia tido gravações. O que sabemos é que Chadwick gravou cenas para a série What if da Marvel, que deve nos apresentar universos alternativos ao que vimos no universo cinematográfico, por isso o nome.
Boseman estava confirmado para viver Yasuke, o único samurai conhecido de origem africana. O filme contaria a história de um moçambicano escravizado que conheceria o guerreiro Nobunaga no Japão. Previsto anteriormente para 2019, não há informações sobre o estágio de produção da obra.
Por fim, lembramos que ainda que Chadwick Boseman não esteja mais entre nós, sua obra ainda vive e nunca perderá a relevância. Assim, nos encontraremos nos vales verdes, meu rei. Yibambé!
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