Crítica | Han Solo: Uma História Star Wars
Han Solo: Uma história Star Wars sobre a vida de um dos personagens mais icônicos de toda saga. A trama começa quando Han ainda está preso em Corellia e tem como família sua namorada Qi’ra, a quem ele faria de tudo para proteger. Desde o início, Han é apresentado como um marginal da sociedade, que comete crimes como forma de sobrevivência.
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Essência e Personalidade de Han Solo
Já nesse momento observamos os principais traços, que nos orgulharíamos mais tarde, de Han: sua coragem, lealdade, inteligência e é claro sua inconsequência. Ele faria qualquer coisa para proteger os que ama e se proteger. O enredo conta a trajetória que Han fez para conseguir se tornar o melhor piloto das Galáxias e conseguir a icônica Millenium Falcom.
Han Solo, como muitas outras criaturas, era mais uma vítima da ditadura imposta pelo Império, porém, diferente dos outros ele teve a coragem de encontrar uma maneira onde ele pudesse não sobreviver, mas realmente viver.
Não é a toa que seu sonho era ser um piloto, sonho esse considerado louco e impossível para muitos, mas que na verdade carregava um significado muito mais simples. Solo sonhava em ser livre, e ser piloto foi só a forma que ele encontrou de alcançar seus objetivos. Como piloto ele nunca precisaria estar preso em algum lugar.
Ciclo sem fim
Neste longa o passado, presente e futuro se amarram como um grande ciclo. Vemos no seu passado traumas e acontecimentos que o marcaram no futuro. Enxergamos no filme a construção do Han Solo, que só conheceríamos ao longo da saga.
Para alcançar seus sonhos Han Solo cometeu muitos atos questionáveis, mas não injustificáveis. Ele é um herói do tempo errado, um mocinho que se transforma em bandido, pois é a única maneira que vê possibilidade de se libertar de tudo.
O grande problema é que ao se libertar da prisão de Corellia outras prisões o alcançam, como a do estigma de ser um fugitivo, contrabandista e assim vai. Sua posição marginal na sociedade determina grande parte das suas ações, mas mesmo assim ele não abaixa sua cabeça. Han Solo não queria ser mais um preso pelos outros, se fosse para ser assim o mínimo era poder controlar suas próprias amarras.
O filme, apesar de ter mais de duas horas de duração, não é nem um pouco arrastado. As cenas de aventura são capazes de causar aflição em qualquer um, grande parte causada pela trilha sonora que condiz adequadamente as cenas, e apesar de ter um roteiro um tanto raso cumpre bem seu papel. Outro ponto positivo é o humor do longa, que é construído de forma natural e espontânea.
O Elenco
Quanto ao elenco me surpreendi com a maior parte dos atores. Alden Ehrenreich merece um destaque, pois apesar das críticas ouvidas a respeito de seu trabalho, no final das contas ele fez o seu papel muito bem, uma cópia sim da atuação de Harrison Ford, mas levando em conta que qualquer coisa diferente descaracterizaria o personagem, Alden foi muito mais que eficiente.
Emilia Clarke (Game Of Thrones) me surpreendeu muito também, trouxe para tela uma personagem forte e muito mais parecida com Han Solo do que eu julgava ser possível. O elenco todo alcançou as expectativas, com exceção talvez de Woody Harrelson, que interpreta uma espécie torta de mentor do Han, porém ao meu ver, todos os seus personagens parecem o mesmo. Faltou na atuação dele algo que diferenciasse esse personagem do Haymitch, de Jogos Vorazes, por exemplo.
Impressões Gerais
O filme, apesar de raso em alguns aspectos, carrega críticas pontuais a respeito da escravidão e da guerra. O longa critica o Império, mas trazendo para nossa realidade poderíamos fazer uma leitura de governos ditatoriais e até mesmo governos, que se dizem democráticos, mas que apoiam guerras em outros países em prol de seus próprios interesses. Considerando que muitos países já fizeram isso ou ainda fazem é importante criticar isso, ainda que seja de forma sutil e leve como nesse filme.
Enfim, as sensações durante o filme são inúmeras: agonia, nervosismo, decepção, felicidade. Cada sentimento nos conduz a cada nova cena. Nos convencendo da frase apresentada por Beckett: “Não confie em ninguém”, nem mesmo no filme que está vendo. Mais que tudo é uma história sobre sobrevivência e liberdade, feita para fãs e não fãs de Star Wars.
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