Crítica | Homem-Aranha: Sem Volta Para Casa
Fala, Turneiros. Fui assistir o filme Homem-Aranha: Sem Volta para Casa na pré estréia e preciso compartilhar essa experiência com vocês. Sim, experiência porque o filme te faz ir do topo ao chão durante as 2h28min de filme.
Antes de mais nada, preciso ressaltar que essa matéria NÃO contém spoilers.
Bom, é até complicado começar a falar desse filme. Confesso que estava um tanto quanto nervoso com todas as promessas e expectativas que foram colocadas. Realmente tinha medo deles estragarem ou seguirem por um lado que poderia pôr tudo a perder.
Contudo, entregaram tudo que os fãs do Cabeça de Teia precisavam e queriam. Tentei me manter cético e abaixar a bola esperando, e não foi um erro, muito menos um acerto. Qualquer sentimento de ansiedade que tive, foi completamente sanado e triplicado com todo o mix de sensações do filme.
A evolução de um Herói
Sem Volta Para Casa é um filme que promete um fim, mas também é um recomeço. É fácil notar o fim da trilogia do herói e, ainda assim, abriram muitas oportunidades e começos interessantes.
Durante toda a trajetória do Tom Holland como o Homem-Aranha eu senti a “infantilização” do herói. Uso essa palavra não para dizer que era um bobão, mas da constante necessidade dessa figura paterna que o impedia de crescer. Sempre o taxei como esse personagem sem evolução, mas finalmente esse momento chegou.
Tony Stark era a figura paterna de Peter, não tem como negar, mas eu sempre senti que isso atrasava o amadurecimento do personagem. Tom sempre entregou um Peter perfeito, mas sentia falta de um Homem-Aranha centrado e firme em suas decisões.
Afinal, sobre o que é Sem Volta Para Casa?
Sem volta para casa é sobre aprendizado. Aprender a ter responsabilidades, a entender que todas as escolhas têm consequências e também sobre perdas. Não digo aqui de perdas físicas, longe de mim trazer qualquer possível spoiler nessa matéria, mas perdas no sentido emocional.
Para evoluirmos é necessário abandonar toda nossa inocência, reconhecer que tudo que fazemos detém consequências. Sendo assim fácil identificar isso no Peter como indivíduo e herói. É notório esse traço em ações e até nas falas mais minuciosas.
Os personagens que rodeiam Peter e estão com ele até o final são todos importantes para esse amadurecimento, sendo eles coadjuvantes e vilões. Parker finalmente teve sua evolução e aprendeu que a icônica frase agora faz sentido, “Com grandes poderes vem grandes responsabilidades.”
Um Quinteto de vilões que entrega
Fiquei curioso com a volta de tantos vilões icônicos e importantes na trajetória dos antigos Homens-Aranhas. Como em seus respectivos adversários, aqui dentro do MCU eles tiveram um papel fundamental como falei anteriormente sobre o amadurecimento de Peter Parker.
Mas eles foram muito mais que isso.
Não encontramos vilões rasos e com papel apenas de lutar contra o Cabeça de Teia. Cada um dos vilões apresentados são muito bem trabalhados. Eles possuem funções fundamentais dentro do filme, onde as desempenham muito bem.
Como um filme pertencente ao Universo Marvel, não poderíamos deixar de ter o alívio cômico, e eu adorei que isso também foi apresentado nos vilões, mas sempre de forma natural.
Até porque, algo que me chamou muita atenção foi a forma com que apresentaram a dualidade de cada vilão. A forma com que mostraram que cada um deles possui um lado bom e mau entre eles, e como esse pêndulo funciona é incrível. Conseguir humanizar e reapresentá-los foi algo muito importante para a evolução da história como um todo.
O que foram esses efeitos especiais?
Com todas as ações e imagens promocionais, como pôsteres, foram massacrados pelo público devido a baixa qualidade dos mesmos. A Sony abusou na divulgação, o que não precisava muito, pois era claro o sucesso do filme, mas muitas coisas deixaram a desejar.
Contudo, o filme entrega demais no quesito CGI. Todo o dinheiro salvo dos posters com imagens de istock foram compensados nos efeitos fantásticos. Conseguiram trazer a beleza do filme de Dr. Estranho e equilibrar com todo o resto.
Como exemplo, o primeiro visual que tivemos de Molina como Dr. Octopus no trailer foi devastador. Sabemos que os efeitos demoram para serem finalizados—por serem demasiadamente complicados—, ficando até para dias antes da estreia. No entanto, foram muito bem trabalhados, o que deixou as cenas de ação ainda mais impecáveis.
O rejuvenescimento dos atores que sofreram desse efeito foi muito bem aplicado e trouxe o rosto que vimos anos atrás em seus respectivos filmes.
Homem-Aranha – Sem Volta Para Casa, uma experiência cinematográfica
Ainda que o filme tenha sofrido possíveis vazamentos, sendo vários falsos e verdadeiros, nada que tenha pego de spoilers estraga o que está prestes a presenciar nas salas de cinema. Sim, faço aqui o apelo e vá ao cinema, pois não tem melhor coisa que estar junto de outras pessoas para vibrar nas mais emocionantes cenas do filme.
Como falei anteriormente, o filme é sobre perdas, contudo, temos muitas novas possibilidades abertas aqui. As cenas pós crédito trazem isso com clareza. E nos resta esperar e ficarmos atentos no que será do novo Homem-Aranha do Tom dentro do MCU. Ou até mesmo no próprio universo da Sony.
Falando em cenas pós crédito, temos duas aqui. A primeira uma rápida aparição de um personagem, com um prenúncio interessante. Mas um pouco porca, diga se de passagem na minha opinião. Mas a segunda é de trazer toda a emoção e surto do filme à tona novamente com muitas cenas e novidades do que o MCU está trazendo para nós.
É isto, galera, vão assistir Homem-Aranha: Sem Volta Para Casa nos cinemas. E se você já assistiu, compartilhe com a gente sua experiência.
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1 Comment
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