Matrix Resurrections e o reencontro com o Escolhido
E aí, turneiros, tudo bom? Nós assistimos Matrix Resurrections, foi lindo. Logo chegou o momento de falar sobre, portanto fique por aqui para saber mais sobre.
Fazer um reboot é sempre uma ideia arriscada, se não for bem feito pode estragar a visão dos filmes originais e enfurecer os fiéis fãs. Lana Wachowski sabia desses riscos e conseguiu dar prosseguimento para esse projeto ousado, e eu, com certeza aprovo a visão dela.
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E o que vemos nesse novo Matrix?
O quarto episódio de Matrix conseguiu retomar a mesma sensação de questionamento da realidade que o primeiro filme trouxe. O que também deu um novo ar à franquia. Antes de assistir ficou uma dúvida se o filme seria uma cópia do primeiro ou se conseguiria dar sequência a história sem ser cansativo. Assim, na minha opinião, Resurrections consegue ampliar a nossa compreensão do universo da Matrix.
O longa brinca o tempo todo com seu próprio universo construindo uma metalinguagem. Desse modo, parece que ele foi construído como uma forma de debater a trilogia original, assim como as ideias que se formaram a respeito do universo de Matrix.
Além disso, acontecem algumas repetições de enredo idênticas ao primeiro Matrix. Mas é perceptível que a direção usa isso de forma consciente e estratégica para construir a narrativa desse novo filme. Dessa maneira, de forma muito bem feita, isso tanto mexe com a nossa nostalgia, quanto ressalta um ponto opinativo trazido no filme: a repetição da própria vida. Ao ver essas cenas similares ou idênticas temos a ideia do looping eterno que a rotina da vida pode ser.
Matrix discutiu Matrix
A discussão inicial do filme também mostra um choque entre o que as autoras Lilly e Lana Wachowski pensaram para a trilogia inicial e a recepção do público. Inclusive existem até algumas piadas sobre isso no filme, o que ficou bem interessante.
Enfim, falando em piadas, acredito que uma das maiores diferenças deste novo filme para com os primeiros é o humor. Usando essa questão da metalinguagem, tanto de se referir ao cinema quanto aos próprios Matrix’s, tivemos vários momentos de humor que conseguiram tornar o filme mais divertido, tudo isso sem perder o foco.
Neo e Trinity ainda estão com tudo
Um outro ponto muito bom nesse filme é o relacionamento de Neo (Keanu Reeves) e Trinity (Carrie-Anne Moss), que foi muito bem desenvolvido. Assim, o que acontece em tela complementa tudo que já vimos deles até agora, pudemos perceber a evolução desses personagens individualmente e também em conjunto.
Nesse sentido, a química dos dois, que sempre foi indiscutível, alcança um nível acima neste capítulo da história, mostrando a evolução dessa relação e o impacto disso nos personagens.
Além disso, a interação dos personagens clássicos com os novos também foi incrível e estes novos integrantes do elenco também entregaram excelentes atuações, personagens cativantes e complexos. Algumas carinhas já são conhecidas de outros trabalhos com as Wachowski. Como Eréndira Ibarra, Max Riemelt, Brian J. Smith, Toby Onwumere, Mumbi Maina, Michael X. Sommers que estão no filme, e também trabalharam com as irmãs Wachowski na série Sense8.
É relevante dizer que Matrix quebrou vários padrões e trouxe uma evolução da história. Houve uma atualização e uma modernização, ou seja, a obra se adaptou bem a atualidade, assim incluindo isso na filosofia já vista nos originais, a experiência mais rica tornou assistir este filme uma experiência ainda mais incrível.
E aí já assistiu Matrix e está questionando toda realidade? Enfim, me conta nos comentários o que você mais gostou em Resurrections.
2 Comentários
a trilha sonora é bem boa também.
Realmente, Raphaela, eu amei também, ficou excelente e acho que é um ponto alto das obras das irmãs Wachowski.