Robert Downey Jr. | Do vício às drogas a um dos atores mais bem pagos do mundo
Quem vê Robert Downey Jr. ostentando o personagem de Tony Stark/Homem de Ferro não imagina o caminho percorrido pelo ator até ele se tornar um dos astros mais rentáveis de Hollywood. Nessa matéria, vamos abordar um pouco de sua carreira, que é um exemplo de superação.
Nascido em 04 de abril 1965, Robert John Downey Jr. teve sua estreia precoce nas telas de cinema, aos 5 anos de idade, no filme Pond, dirigido por seu pai. Além disso, ainda criança, participou de outras produções cinematográficas, o que ajudou a alavancar sua carreira.
Nos anos 80, participou de alguns episódios de Saturday Night Live e, em 87, protagonizou o papel de um usuário de cocaína em Abaixo de Zero. Em seguida, foi indicado ao Oscar, por seu papel de Charlie Chaplin, no longa Chaplin, em 1992.
Do estrelato ao vício
Da mesma maneira precoce pela qual descobriu a vertente artística, Downey Jr., descobriu as drogas. Aos 8 anos, experimentou maconha, por influência do seu pai. De acordo com o livro The New Breed: Actors Coming of Age (1988) as drogas eram o único meio de seu pai demonstrar afeto.
Ninguém imaginava que poderia ser um caminho irreversível, e quase foi. Nos anos 90, Downey Jr. estampou diversas manchetes de jornais com polêmicas envolvendo seu vício.
Em 1996, foi condenado por posse de drogas e por porte de arma de fogo, preso por três meses e cumprindo regime de liberdade condicional. Somente com a ajuda dos atores Sean Penn (Sobre Meninos e Lobos) e Dennis Quaid (Operação Cupido), Downey Jr. foi internado para tratar do vício. Porém, sem êxito. (Via El País)
Sua passagem pela prisão e o início da recuperação
Ainda no final dos anos 90, apesar dos seus esforços, violou algumas regras de comportamento impostas pela Justiça americana. Faltou a algumas sessões de controle antidrogas e violou liberdade condicional, o que o levaria novamente à reclusão. Apesar de não comentar sobre sua experiência na cadeia, o ator deu a entender, em alguns momentos, que a experiência foi mais indigesta do que esperava.
Assim, não obstante, sete dias após sua liberdade, foi chamado para interpretar o advogado Larry Paul, na série Ally McBeal. A produção da série viu a audiência alavancar em 11% após a aparição de Downey Jr., o que o consagrou como ator fixo no seriado, em 2001.
Além disso, graças ao personagem, o astro foi vencedor de um Globo de Ouro e um SAG Awards, naquele mesmo ano. Mesmo com a nova chance de recuperar sua vida, Downey Jr. foi afastado da produção devido ao novo envolvimento com as drogas, o que o levou à nova internação e alta, em 2002.
Com a carreira ascendente e, após, a queda rápida, o astro passou um bom período sem assumir grandes papeis. Afinal, a indústria o via como um gatilho, que a qualquer momento poderia disparar com alguma recaída. Os tabloides americanos, a mídia televisiva e o público não tinham mais confiança que o ator pudesse voltar a atuar sem o risco de ser internado novamente.
Inclusive, em 2003, Woody Allen tentou contratar o ator para contracenar no filme Melinda e Melinda. Mas, seu planejamento fracassou quando descobriu que nenhuma companhia de seguros estava disposta a cobrir a apólice dos contratos de Downey Jr., por serem voláteis e frágeis demais, em decorrência do envolvimento do ator com as drogas.
Do retorno às telas
Ao filmar o longa Gothika, em 2003, conheceu sua atual esposa, Susan Nicole Levin, a grande protagonista em sua vida. À revista The Hollywood Reporter, o ator foi só elogios à esposa: “Ela é a fonte de todas as coisas boas”, garantiu.
Enfim, se foi culpa de Susan ou não, o ponto é que Downey Jr., a partir de 2003, se vendo sem família, sem emprego e sem a confiança do público, resolveu mudar da água para o vinho e entrou para um processo intenso de reabilitação. Mesmo com a internação, ainda faltava recuperar a credibilidade da indústria. E foi aí que entrou uma figura importante nesse processo: o ator Mel Gibson (Mad Max).
Dessa forma, Gibson foi o responsável por subscrever, pessoalmente, o termo de responsabilidade civil de Downey Jr. para estrelar o longa Crimes de Um Detetive (2003). Somente após isso, conseguiu destaque em outras produções, como Boa Noite e Boa Sorte (2006), O Homem Duplo (2006) eZodíaco (2008).
A Marvel e seu papel como Homem de Ferro
Sobre 2008, sem dúvidas foi o ano diferencial na vida do ator. A recompensa para a sua mudança de comportamento veio com o papel do ‘gênio, bilionário, playboy e filantropo’ Tony Stark, mais conhecido como Homem de Ferro.
Em suma, o sucesso do longa foi tanto que a Marvel – ainda sem a Disney, que compraria os direitos em 2009 – investiu no Universo Cinematográfico Marvel (UCM). Em seguida, vieram os filmes: Capitão América, Thor, Guardiões da Galáxia, Vingadores e outras produções que integram as 4 Fases do UCM.
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Além do protagonismo em Homem de Ferro, Downey Jr. também deu vida ao personagem Sherlock, no filme Sherlock Holmes (2009), garantiu a ele a segunda indicação ao Oscar, perdendo para Heath Ledger, como Melhor Ator Coadjuvante no papel de Coringa em Batman: O Cavaleiro das Trevas (2008).
Dessa maneira, naquela época, os frutos ainda estavam sendo colhidos pelo ator. Durante três anos seguidos – 2014, 2015 e 2016 -, foi o mais bem pago do mundo. Hoje, ele fala abertamente sobre seu passado e que nada daquilo faz mais parte da sua vida. Enfim, um verdadeiro exemplo de superação, né?
Mesmo sem estar à frente de outras produções fora da UCM, Downey Jr. teve seu contrato finalizado com a morte de Tony Stark em Vingadores: Ultimato (2019). Depois de conquistar diversos corações, dos nerds aos não nerds, a despedida do ator se tornou um dos momentos mais marcantes da série de filmes.
Sem dúvidas, o herói está fazendo falta. O bom mesmo é saber que o ator está com saúde e pronto para outros projetos. Esperamos que não demore!
E para você, qual é o melhor filme de Robert Downey Jr.? Deixe seu comentário!
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[…] como o caso anterior, a gente já tem matéria aqui na Turn contando sobre o passado do Robert Downey Jr., e como ele superou isso. Aconteceu que, exatamente pelos problemas com drogas e a prisão, a […]
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