Thor: Amor e Trovão salvou a fase 4 da Marvel?
Oiiiie, Turners, tudo bem? Se você é um fã da Marvel, você sem dúvida estava esperando o novo filme do Thor tanto quanto eu. Esse longa vem com uma responsabilidade muito grande já que ele acontece depois de tantos eventos traumáticos para o Deus do Trovão, fora o desenvolvimento de todos os outros personagens tão carismáticos e importantes. E será que a Marvel acertou com Thor: Amor e Trovão? Vem comigo que eu te conto tudo.
O que aconteceu até aqui?
Bom, todos sabemos que a vida do Thor não foi fácil, ele perdeu o irmão, Loki, várias vezes, perdeu a mãe e o pai e, ainda por cima, terminou o relacionamento com o amor da sua vida, Jane Foster. Depois de Vingadores: Guerra Infinita, além de todas essas perdas ele teve que lidar com a sensação de responsabilidade por não ter impedido Thanos de dizimar metade da vida de todo universo. Ele entra numa depressão profunda por não conseguir lidar com tudo isso, se isola, deixa de cuidar de si e vai fugindo da realidade jogando videogames na Nova Asgard.
Neste filme, vemos Thor depois dos eventos de Vingadores Ultimato, nesse sentido ele está se recuperando e lutando com os Guardiões da Galáxia, até que é confrontado pelo vilão Gorr (Christian Bale) que está dizimando Deuses através do universo. Por isso, o viking espacial embarca em uma nova aventura para impedir o vilão e salvar seus amigos. Nesse percurso, ele reencontra sua ex-namorada Jane Foster e seu ex-martelo, Mjolnir. Esse encontro o obriga a lidar com tudo mal resolvido do passado dele.
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E quais foram os pontos positivos ?
Primeiramente, Christian Bale, ele foi um dos grandes pontos altos do filme. A atuação dele trouxe dramaticidade e profundidade, tornou o vilão muito assustador e convincente. E, falando do personagem em si, a trajetória dele ficou bem construída e justificada, nos faz compreender as motivações de Gorr e até simpatizar com ele.
O antagonista perde tudo, vê a filha morrer sofrendo e tudo isso por um Deus que pouco liga para vida daqueles que o adoram, é muito motivo para surtar, não é mesmo? Então, bem, eu realmente não tenho nada a criticar da atuação de Bale e gostei muito do personagem.
Além disso, as demais atuações são cativantes e divertidas, em especial foi muito bom rever Natalie Portman como Jane Foster e agora também como Poderosa Thor. O filme tem muitas cenas engraçadas, é divertido e dá pra assistir tranquilamente com a família toda.
Outro ponto muito legal foi a trilha sonora que abusou de clássicos da banda Guns ‘n Roses e deu um tom animado, combinando muito com as cenas de ação. A trilha sonora e a banda foram também utilizadas como ganchos de humor e caiu bem.
E o lado ruim?
Apesar de ser divertido, o filme acaba se perdendo um pouco nesse humor. Em vários momentos da primeira metade do filme o humor caricato não contrasta bem com o drama e a profundidade necessários.
Sabendo de todo o background do personagem, é claro que Thor: Amor e Trovão seria um momento para vermos Thor lidando com todo esse trauma e dor. Entretanto, apesar disso aparecer, as piadas constantes com absolutamente tudo impediram uma imersão do telespectador com esses sentimentos mais complexos.
Usar do humor para apresentar a questão psicológica do Thor faz sentido, mas não do jeito que foi feito. Fazer piadas com situações duras das nossas vidas é um instrumento de fuga da dor, então usar o recurso da comédia para demonstrar isso seria incrível, contudo não foi o que ocorreu, pois veio em excesso.
Dessa forma, toda a dramaticidade acaba subdesenvolvida, deixando o personagem infantilizado demais. Poxa, Thor é um Deus nórdico, com milhares de anos e em alguns momentos parece um adolescente. Toda essa trajetória de aprendizado que ele teve não é valorizada nesse filme.
Além disso, até a própria confusão e sentimento de estar perdido fica um pouco vago e não pareceu ter uma conclusão clara dessa jornada de autoconhecimento do personagem.
Vale a pena assistir?
A segunda metade do filme equilibra o humor e o drama e começa a entregar melhores cenas para nós. O desenvolvimento a partir daí é mais coerente e temos muitos momentos gostosos de assistir. Gostei da conclusão da história, apesar de achar que poderia ter tido mais profundidade e emoção. O fim me deu uma esperança de ver um Thor mais maduro nos próximos filmes.
Por isso, acredito que vale a pena assistir, você vai rir e talvez até ficar com um pouco de vergonha pelo Thor, mas vai curtir bastante.
E aí, já assistiu Thor:Amor e Trovão? Me conta o que você mais amou ou odiou no filme?
5 Comentários
Excelente análise ! Ainda não assisti. Em deadpool 2 temos a morte da mulher dele e mesmo com o humor ácido , deu pra notar o conflito e evolução …. Talvez infantilizaren o Thor ( que é são , Wade Wilson não! ) Seja o que não encaixa ! É um deus …. Mas ok preciso assistir 🙏
É isso, Karla, ficou bem mal colocado essa infatilização dele. Quando você assistir ao filme, volta aqui e me conta o que achou.
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