Por que Tick, Tick… Boom merece o Oscar?
Oláaaa, Turneiros, tudo bom? Um filme com Andrew Garfield é sempre um prazer assistir e Tick, Tick…Boom não decepciona em nada e por isso definitivamente merece um Oscar. Entre as mil qualidades do filme temos uma excelente atuação do nosso querido Espetacular Homem Aranha, além de uma imersão incrível nos conflitos que antecedem os 30 anos de idade na sociedade moderna.
Se interessou? Vem comigo para saber um pouco mais sobre essa obra prima!
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O que você vai ver no filme?
A produção conta a história de um dramaturgo, Jonathan Larson (Andrew Garfield), prestes a completar 30 anos e em crise existencial por ainda não ter alcançado reconhecimento na sua área. Ele escreve musicais teatrais visando a Broadway. Ele então vive essa pressão por criar algo incrível antes dos seus 30 anos e se compara o tempo todo com seus ídolos que conseguiram ter grande sucesso muito antes da idade que ele tem.
Para Jonathan, nesse momento, é como se fosse sua última chance de alcançar seus sonhos e realizar algo significativo. O filme inicia muito bem, animado, brincalhão e otimista é como vemos o protagonista. Nesse sentido, ele é um grande sonhador, muito criativo que respira arte em todos os aspectos de sua vida.
Um musical para tratar um musical
O filme é baseado em uma peça autobiográfica do próprio Larson, portanto ele não tem o objetivo de ser documental. Ele busca representar sua própria vida através do olhar dramático e contagiante dos musicais, que eram algo muito importante para ele. Eu achei incrível contar a história de um escritor de musicais de teatros através de um musical, simplesmente se encaixa perfeitamente, é como ver o olhar do personagem sobre sua vida.
Sobretudo as músicas conseguem nos entreter e nos integrar na vivência e sentimento dos personagens. Nesse sentido as canções e as danças dialogam com a personalidade criativa do protagonista nos fazendo acreditar que se ele pudesse cantar e dançar o tempo todo em sua vida, ele faria.
O preço de um sonho
Em primeiro lugar, ao desenvolver o filme, vemos o peso e a dificuldade de Jonathan em realizar seu sonho de ter uma peça exibida na Broadway. Enquanto ele se esforça para realizar esse sonho, ele luta também com as dificuldades financeiras, problemas com a namorada e perda de pessoas queridas. O tempo todo ele sente que está em falta com as pessoas e com ele mesmo.
Ou seja, vemos o personagem num estágio constante de ansiedade e auto-cobrança para realizar o que precisa para seu sonho e estar presente para as pessoas que ama. Portanto, a vivência dele nos gera identificação, conseguimos nos ver na pressão e na cobrança do personagem, o que nos mostra que isso é mais uma questão social do que individual.
O melhor do filme
Já deu pra ver que eu amei muito o filme, né? Mas vamos comentar agora sobre o que eu achei mais positivo. Bom, primeiro as atuações são excelentes, contagiantes e marcantes. As músicas do filme trabalham bem para o contexto das cenas, mas as emoções e vivências que elas trazem também ficam bem fora do contexto da obra. Além disso, os dilemas que vemos o personagem lidar nos aproximam dele e tornam a história realista e envolvente.
Ainda sim, é possível enxergar Jonathan em todas as suas imperfeições, muito além das qualidades admiráveis dele. Num geral, a produção é divertida, contagiante e proporciona reflexões sobre a vida e a existência. Foi muito bom ver o Andrew Garfield brilhando tanto e com certeza essa produção merece o Oscar. Concordam?
Concordando ou não me conta o que achou de Tick, Tick… Boom! nos comentários, e se ainda não viu, corre na Netflix para ver que ainda dá tempo!