Vale a pena ver Wonka com Timothée Chalamet?
Essa era uma pergunta que eu fazia constantemente, cada vez que acabava reassistindo o trailer do filme em anúncios do YouTube. Minha expectativa virou medo, será mesmo uma boa ideia fazer outro filme da A Fantástica Fábrica de Chocolate? Com dois filmes extremamente marcantes, um prequel poderia ser fantástico ou um fiasco. No entanto, após ver Wonka e Timothée Chalamet em sua performance, posso dizer que sim! A espera se pagou e vale definitivamente a pena ir ao cinema assistir ao musical.
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Qual o enredo desse novo filme?
Para quem ainda não entendeu bem onde Wonka está na linha do tempo, o filme vem apresentar as origens do personagem que conhecemos nos filmes de 1971 e de 2005. Dessa maneira, não é obrigatório assistir nenhum dos dois filmes para entendê-lo, mas super recomendo. Pois, vê-los antes vai te ajudar a entender a grandiosidade de Willy Wonka e perceber as referências aos filmes anteriores no filme.
Em uma comédia musical extremamente divertida, conhecemos a história desafiadora de Willy, que precisou enfrentar muitas dificuldades para realizar seu sonho de virar um chocolateiro. Inspirado no livro clássico A Fantástica Fábrica de Chocolate, do autor britânico Roald Dahl, Wonka é uma história doce e inspiradora, que mostra que tudo, ou quase tudo, que existe começou como um sonho.
Assim, somos convidados a esquecer a racionalidade por algumas horas, entrar no mundo fantasioso e mágico de Willy, e simplesmente aproveitar a jornada. Quase como se fossemos crianças de novo, nos deixamos levar pela magia e nos divertimos sem questionar as coisas ilógicas que saem da boca de Wonka.
Por que vale a pena assistir Wonka?
Dirigido por Paul King, de As Aventuras de Paddington, Wonka entrega um filme emocional e muito gostoso de assistir. Para quem se encantou com o filme anterior do diretor, certamente apreciará esse, que firma sua forma de contar uma história e consegue trazer uma áurea que lembra bastante as obras do autor vitoriano Charles Dickinson.
Ele faz isso trazendo elementos de crítica social em uma narrativa leve e acessível para todas as idades. Ainda que a história pudesse se tornar superficial, King consegue mesclar comédia e drama com equilíbrio, entregando uma narrativa tão divertida quanto emotiva. Por fim, a maneira como as histórias de personagens, que a princípio não tinham nenhuma conexão, se unem e são encerradas nos gera uma sensação de aconchego e surpresa bem típicas das obras de Dickinson.
Outro destaque são as cores do filme, que dão uma cara diferenciada ao filme. Em meio há tantos filmes sem cores muito chamativas, Wonka chama atenção e desperta o interesse de crianças e adultos por trazer já nas cores um pouco da mágica que promete.
Por último, é hora de elogiar o elenco extremamente carismático e talentoso, que completam o trabalho do incrível diretor. Timothée Chalamet se destaca no seu papel de protagonista, entregando um Willy Wonka excêntrico, emotivo e mais do que tudo convincente.
Desse modo, acho muito difícil não gostar completamente desse filme, mas como nada na vida é perfeito, tenho algumas ressalvas quanto a ele também que valem o aviso!
E que ressalvas são essas?
A primeira é muito mais sobre a audiência do que sobre o filme. Como o longa brinca com a realidade, se você é daqueles que se estressa com “mentiras cinematográficas” pode ser difícil realmente mergulhar nessa história mágica que não tá nem aí para ela.
De chocolate voadores a uma máfia de chocolate, Wonka traz histórias absurdas no nosso mundo, mas que fazem todo sentido naquele universo. Então, antes de ver, se prepare para realmente mergulhar nele ou é melhor nem perder tempo assistindo.
Já a segunda ressalva é sobre seu aspecto musical. Ainda que suas músicas se encaixem bem na narrativa, na minha visão, há um excesso de músicas que pode tornar alguns momentos cansativos. Além disso, ainda que as canções tragam bem a identidade do filme, não são tão marcantes fora dele, duvido, por exemplo, que muitas pessoas escutem a trilha sonora fora do longa. A única exceção é “Pure Imagination“, música originalmente do primeiro filme que vem com uma interpretação tocante e linda de Timothée Chalamet.
Por fim, minha última ressalva é a mais importante de todas. Wonka peca gravemente ao fazer algumas piadas gordofóbicas com o excesso de peso de um personagem. Podendo gerar desconforto em quem assiste, pois transforma essa obesidade em alívio cômico, passando uma imagem completamente equivocada das pessoas que essa imagem representa. Ainda que não seja a parte principal do enredo, foi uma escolha péssima e que deve ser criticada para não vermos mais representações do tipo de novo.
Apesar disso, ainda recomendo assistir, pois Wonka traz muitas coisas boas também. Conhecer a história de Willy nos inspira a alcançar nossos sonhos, a valorizar as pessoas que nos ajudam a chegar lá e a ver o mundo com os olhos de criança novamente. E tudo isso definitivamente não tem preço!
Wonka já está em cartaz nos cinemas brasileiros. E você, já viu? Me conta o que achou aqui embaixo!
2 Comentários
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