Entenda porque a 4 temporada de Elite é a pior de todas
A 4 temporada de Elite estreou recentemente, e como muitos esperavam, decepcionou se tornando a pior temporada da série até o momento. Por que? Você deve estar se perguntando se ainda não assistiu, segue comigo então.
Apesar do final satisfatório da temporada passada, Elite embarcou no desafio de tentar replicar o sucesso do modelo de Skins, recomeçar sua trama, seguindo o mesmo modelo, mas sem seus personagens mais carismáticos. Uma proposta ousada que poderia garantir o sucesso da série a longo prazo ou ser uma verdadeira decepção. Infelizmente foi a segunda alternativa. Apesar do trabalho fascinante de Carlos Montero e Dario Madrona na segunda temporada, e um minímamente satisfatório na primeira e na terceira, a última temporada certamente não tinha como ser pior.
Elite se perde da sua essência
A quarta temporada não conseguiu repetir o feito das temporadas anteriores. Marcada por muitas cenas “quentes” desnecessárias, pouco desenvolvimento dos personagens, ou de seus relacionamentos, Elite recicla enredos já conhecidos. Como por exemplo, poliamor, traição e crime. Tudo isso sem o charme e complexidade das outras temporadas.
Além disso, a série também deixa de lado temas potenciais como o cartel de drogas da mãe da Rebeka e uma melhor exploração das relações familiares. Já que quando abordadas são superficiais e pouco relevantes na trama como um todo.
Enfim, é certo que recomeçar uma história já em andamento é difícil, e admiro muito Madrona e Montero por tentarem. Porém, infelizmente eles se esqueceram das duas coisas mais importantes em uma história: um bom enredo e personagens carismáticos. Nas duas, Elite fracassa, na primeira por trazer um enredo que pouco anda ao longo dos episódios, e na segunda por escolher os personagens errados para conduzir a trama.
Sequência de péssimas escolhas criativas
Ao invés de unir os antigos personagens no centro, a escolha criativa é afastá-los e deixar que os novos personagens conduzam o enredo. Dessa maneira, como marionetes desses novos quatro alunos, vemos personagens que já tinham crescido muito regredir toda sua evolução. Guzmán e Omar são sem dúvida os maiores exemplos disso.
Assim, sem ganchos realmente instigantes, a trama segue a mesma formúla de sempre, mas excluindo tudo que fazia da série realmente relevante. Dessa maneira, toda a crítica social, temas tabus e os sentimentos complexos e confusos dos personagens perdem o protagonismo. No lugar ganhamos uma sequência de cenas explícitas desnecessárias que não desenvolvem nem os personagens, nem a trama.
Peca pelo excesso, mas não desenvolve nada
Apesar da série ser conhecia por sua ousadia nas cenas mais quentes, dessa vez peca pelo excesso e pouca funcionalidade delas. Ao invés de serem um complemento ao enredo se transformam em pilar da temporada.
Desse modo, a maior parte da trama gira em volta de quem estava ficando com quem sem desenvolver o que realmente importa. Consequentemente, ao contrário das temporadas anteriores, não é difícil descobrir o que aconteceu alguns episódios antes do desfecho.
Foco nos Personagens Errados
Apesar das histórias breves interessantes a nova temporada nada se assemelha a elas. Ao longo desses novos episódios vemos eles se afasterem cada vez mais dos personagens que conhecíamos. Cayetana e Rebeka as melhores personagens da temporada não recebem um enredo suficientemente decente para brilharem e se perdem no meio de sequência de más escolhas criativas.
Do outro lado, temos os quatro personagens novos que sem carisma, desenvolvimento, ou mesmo originalidade, afundam cada vez mais a trama. Dessa maneira, até pontos que poderiam ser interessantes como o passado dos personagens e relações familiares deixam a desejar.
Novos Personagens ou uma versão de menor qualidade dos antigos?
Entre os personagens novos a maior decepção é Ari que parece ser uma mescla de Nádia e Lu tanto na personalidade quanto nas características. Porém, sem o carisma das duas ou um propósito claro, não convence como a conquistadora de corações que a série tenta vendê-la.
Algo parecido ocorre com Patrick, seu irmão, que se torna apenas pivô dos problemas do relacionamento de Omar e Ander. Mencía, a irmã mais nova e problemática da família, que prometia ser uma versão do Valério é de uma ingenuidade pouco acreditável e cansa logo nos primeiros episódios. Isso sem falar do Príncipe, que apesar de ser uma das tramas com mais potencial, também não leva a lugar nenhum. Em suma, nenhum deles convence ou desperta um mínimo interesse.
Desse modo, com um roteiro fraco, nem mesmo o seu formato de flashbacks, mantem a série interessante. Logo, a única coisa que prende ao longos dos episódios é a esperança de que algo enfim mude. E que o fôlego das temporadas anteriores retorne, o que enfim não acontece.
E aí já assistiu a 4 temporada de Elite? Comenta o que achou aqui embaixo!