Crítica | Frozen II “Into the unknown”
Olá, turners!! Frozen II, um dos filmes mais esperados do ano, teve sua estreia atrasada para nós brasileiros. No Brasil, a animação entra em cartaz dia 2 de janeiro, enquanto nos EUA o filme foi lançado em novembro e tem sido um grande sucesso de bilheteria. É esperado que repita o mesmo feito aqui, principalmente por conta das férias escolares.
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Espera e Expectativas
A continuação vem seis anos após o lançamento do filme original e depois do sucesso do primeiro as expectativas eram mais que altas. Frozen conseguiu de marcar uma geração não só por “Let it Go”, a arte impecável ou qualquer detalhe técnico que eu possa citar aqui, o que encantou e fez do filme tão aclamado foi ver na tela uma história de amor entre irmãs em uma animação.
Enfim, as crianças esperam há seis anos para o lançamento desse filme e sendo bem honesta os adultos também, eu sendo um deles. Então, seria estranho se eu dissesse que não tinha expectativas altas para esse filme, eu, como fã da animação original, fui ao cinema ansiosa e não me decepcionei. A Disney entrega um filme encantador, capaz de te fazer chorar, rir e querer aprender cantar todas as novas músicas, mas que no fim não vai além do esperado. A história é previsível, mas impecável, soube-se trabalhar os personagens e pontos da história, ainda não abordados, muito bem.
O Enredo
Na continuação três anos se passaram em Arendelle, às duas protagonistas estão mais maduras e vivem vidas calmas, Anna e Elsa estão finalmente juntas, livres e felizes. Elsa já sabe controlar seus poderes, agora o desafio é utilizar deles para salvar seu reino. O elemento que une a história é o medo que às duas irmãs compartilham, Anna teme ficar só de novo e Elsa tem medo de perder a família que construiu.
A vida perfeita das duas se desfaz quando Elsa começa a ouvir vozes a chamando para o norte. Com isso o filme nos leva de volta à infância das irmãs a uma história que o pai delas contava sobre a relação de Arendelle e uma floresta dos elementos, onde o povo vivia usando mágica. Então, para entender a origem dos seus poderes e salvar Arendelle eles partem em direção a essa floresta.
Nesse filme conhecemos um pouco mais sobre o reino de Arendelle, principalmente sua relação com a magia no passado e entendemos a origem dos poderes da Elsa. Conhecemos novos personagens como: o Tenente Matias (Sterling K. Brown), soldado de Arendelle, Yelena (Martha Plimpton), Ryder (Jason Ritter) e Honeymaren (Rachel Matthews), pessoas do povo Northuldra que habitavam anteriormente a floresta. Mas quem rouba a cena são os novos pets: a salamandra Bruni e o cavalo de água Knorr. Uma coisa que a Disney sabe fazer é bichinho pra gente querer comprar.
Anna e o medo de ficar sozinha
Um ponto de destaque é a escolha de ressaltar o medo como um sentimento muito poderoso e perigoso quando não lidado apropriadamente. O medo daquilo que não se compreende é algo capaz de levar a atitudes altamente destrutivas e o filme sabe passar essa mensagem muito bem.
Apesar de ter seus momentos mais densos, Frozen II mantêm seu perfil bem-humorado, através de Kristoff, Olaf e Sven, que novamente trazem um humor capaz de fazer rir adultos e crianças.
Ressalto o desenvolvimento da Anna, que teve ainda mais importância do que no original, incluindo uma música solo, que é a minha favorita da trilha sonora. A princesa encontra sua importância como personagem e deixa de ser apenas uma seguidora da Elsa. Em português a canção se chama “Fazer o que é melhor”, já em inglês “The Next Right Thing”. Não ouso dizer qual a versão é melhor, às duas são boas a sua própria maneira, com isso quero dizer chorei com as duas.
Anna e Kristoff – O Casal dos Casais
Outro ponto que gostei bastante é a relação entre Anna e Kristoff, que está mais madura, mas mantêm um tom leve e alegre. É responsável por grande parte das risadas, porém meu elogio vai além disso. Fico muito feliz de ver um relacionamento saudável sendo retratado numa animação, onde os dois se colocam no mesmo nível. Vemos um casal de companheiros e não um homem prestes a salvar a princesa quando ela precisa. Não que ele não possa fazer isso, mas não é sua missão, ele vai salvá-la porque a ama como um igual e não um ser superior.
Temos uma nova “Let it go“?
Infelizmente o filme não tem uma “Let it go”, mas repetir esse feito era praticamente impossível. A música principal do filme “Into the Unknown” (“Minha intuição”, em português) é marcante e encantadora, mas duvido que vá chegar as rádios como “Let it go”.
Além disso, todos os cenários e figurinos estão magníficos, como já era esperado, mas o ponto de destaque é a floresta encantada. Diferente do filme anterior onde quase todo o cenário era gelo, nesse podemos ver um pouco do outono, com isso folhas, árvores, todas perfeitamente encaixadas para se parecer com a Noruega e Finlândia, onde Arendelle foi inspirada.
Frozen II não entrega algo surpreendente, tudo acontece como se imagina, o que não é um problema para encantar o público. Esperando ou não o público ri na hora de rir, chora na hora de chorar e saí do cinema de coração leve, encantado com o que viu. Não é tão bom quanto o primeiro, mas como continuação satisfaz e muito, que venha o terceiro…