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 Análise | Loucamente Apaixonados: Uma história de amor e desamor
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Análise | Loucamente Apaixonados: Uma história de amor e desamor

10 de outubro de 2020 1 Comment

Título no Brasil: Loucamente apaixonados

Título Original: Like Crazy

País de origem: EUA

Direção: Drake Doremus

Minha História com esse filme

Olá, turneiros, confesso que essa não foi a primeira vez que assisti Loucamente Apaixonados, na primeira vez que assisti, há muito tempo atrás, o filme me marcou e se conectou comigo de uma forma excepcional, mas ao indicá-lo a amigos a maioria deles não teve a mesma experiência com ele do que eu.

Dessa maneira, decidi reassisti-lo com a intenção de perceber como o filme me tocaria dessa vez, se minha opinião se manteria ou mudaria. Na primeira vez que vi, tinha dezesseis anos e passava por um momento um tanto conturbado na vida, Loucamente Apaixonados se comunicou com uma dor minha muito recente e hoje afastada de tudo isso sabia que era bem possível que minha impressão sobre o filme mudasse.

Em suma, minhas lembranças da primeira vez são de muitas lágrimas e de sentir cada sentimento do casal protagonista, e uma tristeza enorme por perceber que o amor muitas vezes não é realmente para sempre ou suficiente.

Anna (Felicity Jones) e Jacob (Anton Yelchin) – Loucamente Apaixonados

A Trama

Loucamente Apaixonados conta a história da inglesa Anna (Felicity Jones) e do americano Jacob (Anton Yelchin), os dois se apaixonam perdidamente e vivem uma breve história de amor enquanto Anna faz faculdade nos Estados Unidos. Para ficar mais tempo com ele, Anna excede seu tempo de estadia e acaba sendo deportada do país.

Vivendo em países diferentes, os dois tentam manter uma relação à distância. Assim, a proposta do filme é contar a história de como os dois se conheceram, se apaixonaram e se desapaixonaram através do tempo.

Leia Mais: Ator de ‘Star Trek’ Anton Yelchin, de 27 anos, morre em acidente estranho

Velhas e Novas Impressões

Hoje ao assisti-lo de novo muitas impressões que tive se mantiveram, ainda o vejo como um filme sobre amor e desamor, mas percebi muito mais coisas do que na primeira vez.

Antes de mais nada quero ressaltar a fotografia do filme que é sensacional. Por exemplo, os planos de imagem, que trocam de personagem para personagem, dando zoom nos momentos necessários para destacar os gestos e sentimentos de cada um deles. São a partir de gestos, como roer de unhas e risos tímidos, que assistimos a paixão entre os dois nascer e se desenvolver. Me fazendo sentir como se estivesse vivendo todo o proposto eu mesma.

Destaco as cenas do primeiro encontro, os atores interpretam muito bem a timidez e a falta de jeito dos protagonistas, fazendo com que eu sendo o público me sentisse tão desconfortável quanto eles. Anna principalmente, demonstra em cada gesto, cada roer de unhas, a excitação e a timidez de um primeiro encontro, do descobrir de um sentimento novo que ao mesmo tempo que gera nervosismo causa um frisson diferente.

Anna (Felicity Jones) e Jacob (Anton Yelchin) – Loucamente Apaixonados

Destaques

Assistir a todo esse passo a passo é fascinante, mesmo o filme tendo um ritmo lento, seu foco nos protagonistas, em cada gesto dos dois é diferente e eu diria bem realista. O filme te dá a impressão que está assistindo a vida de um amigo ou mesmo um vídeo da sua própria vida.

A troca olhares hesitante entre o casal, os sorrisos de nervoso, que aos poucos se transformam em sorrisos mais confiantes quando a relação se consolida. Transmitem mais do que simples cenas, mais sentimentos e lembranças. Nas duas vezes que assisti o filme me transportei para dentro dele ao mesmo tempo que refleti a respeito das minhas próprias relações amorosas.

De forma tocante, o filme me recordou do meu intercâmbio e dos amores que já vivi, me vi na Anna de muitas maneiras. Me recordo do relacionamento que tive no meu intercâmbio e na angústia e o pavor que sentia ao pensar em ir embora, partir significava que tudo acabaria e isso era a única coisa que eu não queria.

Felicity Jones plays Anna in LIKE CRAZY, from Paramount Vantage and Indian Paintbrush.

Identificação e Desenvolvimento

Anna passa pelo mesmo e toda essa sensação de angústia é transmitida de forma tocante, mas com um quê de desconforto. Senti como se revivesse tudo, me vi nos gestos da Anna. Juntamente com eles temi pelo dia que viria, pela separação iminente.

Conforme eles se conhecem e se envolvem, o tempo vai passando e a data da formatura se aproxima também. Quanto mais próximo é esse dia mais eles se afastam, o diretor faz isso muito bem demonstrando sempre que possível uma distância geográfica nas cenas que precedem o afastamento. Mesmo antes da separação geográfica a relação deles já caminha para essa direção.

Separação Geográfica e Emocional

Após a separação, com o mesmo jogo de câmeras e uma fotografia sensacional, acompanhamos a vida dos dois separados, cada um segue seu rumo. Os dois continuam se comunicando, mas é difícil e a distância é um elemento forte demais para aproximá-los, mas o sentimento inicial era tão intenso que mesmo eles encontrando outras pessoas, parte de suas mentes ainda permaneciam um com o outro.

Enfim, o modo como o filme usa e abusa das duas perspectivas me facilitou entender os dois lados. A sentir empatia pelo casal principal e pelos outros dois personagens que acabam sendo inseridos nessa nova realidade. Passam-se anos, em visitas eles voltam a ficar juntos e se separam de novo, chega um ponto que se torna óbvio que o relacionamento nunca daria certo, mas eles continuam tentando e, como telespectadora, foi difícil não chorar ou mesmo não me identificar.

O Final

Minhas experiências anteriores me recordaram da sensação de desespero, do querer estar junto e não poder, de finalmente ficar e perder o sentido. E o final é exatamente esse: Alerta Spoiler!

Em uma cena linda só com os dois, vemos os dois se olharem e se lembrarem de tudo que viveram. De todos aqueles momentos bons, daquela sensação louca e especial, que se foi e que nunca mais vai voltar.

Quando os dois finalmente ficaram juntos não fazia mais sentido, o amor já não existia e nunca mais existiria. Loucamente Apaixonados é simples, cruel e “parado”, é algo cru, como se assistíssemos a uma história real, ou a sua própria vida televisionada.

Assim, é a partir dos silêncios, dos vazios, da distância física e não física que vemos os dois lutarem por um sentimento. E apesar de se esforçarem muito no fim a luta é emocionante, mas insuficiente. Ainda que eles tivessem feito tudo diferente muito provavelmente o final seria o mesmo e o filme deixa o questionamento: valeu a pena?

Eu digo que sim, mas a resposta vai depender muito da sua visão sobre o amor. Então, me digam vocês vale a pena?

Leia Mais: 7 Lições para se aprender em 7 filmes adolescentes

Revisão: Leandro Reis

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      Tags: Cinema Felicity Jones filmes romance Like Crazy Loucamente Apaixonados
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      Leticia Linhares

      administrator

      1 Comment

      • The Midnight Sky: Revelada imagens do filme com George Clooney says:
        18 de janeiro de 2022 at 18:15

        […] Confira o filme de Felicity Jones: Loucamente Apaixonados […]

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