Por que ‘Brincando com fogo’ é mais que só mais um reality?
Para quem ainda não teve a oportunidade ou criou coragem para assistir, ‘Brincando com Fogo’ é um dos mais novos reality shows da Netflix. ‘Too Hot To Handle’, nome original, foi lançado na metade de abril e vem dando o que falar desde então.
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O reality tem uma proposta nova e interessante, de juntar 10 jovens solteiros de variadas nacionalidades em um retiro paradisíaco valendo 100 mil dólares.
O que nenhum deles sabia é que não poderiam ter relações ou beijar ninguém no retiro. Regra que para essas pessoas parece impossível e absurda demais para se seguir!
Confesso que passar do piloto é um pouco difícil, mas juro a vocês que vale a pena, pois ao longo dos oito episódios o reality propõe algumas reflexões. O que a princípio parece mais um programa superficial e fútil bem no estilo ‘De Férias com Ex’ se torna algo a mais.
Inseguranças
Conforme conhecemos esses jovens mais a insegurança deles é posta à tona e se torna parte do programa. Apesar de terem corpos esteticamente bonitos e de acordo o ‘padrão de beleza’ eles têm inseguranças como qualquer um de nós e medos reais.
A proposta do programa a partir dessas proibições é de estimular relações mais profundas entre eles, e assim lutar contra o medo que quase todos ali parecem ter de relacionamentos.
Apesar dos participantes se vangloriarem de ficarem com várias pessoas, poucos dali tem com frequência relacionamentos mais duradouros, o que não seria um problema, caso não fosse um reflexo dessa insegurança e desse medo de se relacionar.
Workshops
O reality então no decorrer dos episódios incentiva o crescimento pessoal de cada um deles através de workshops que são exercícios para desenvolver elementos, como o auto-conhecimento, a auto-estima, a comunicação e a confiança em outras pessoas.
Desse modo, os participantes são incentivados a colocar esses aprendizados em prática no dia a dia.
Pensamento no Coletivo
Além disso, outra reflexão que ‘Brincando com Fogo’ propõe aos seus participantes é a necessidade de pensar no coletivo. Quando dois deles quebram uma regra todos os participantes saem prejudicados, e assim o grupo inteiro precisa aprender a lidar com isso.
O programa estimula que os integrantes pensem nos colegas antes de quebrar as regras e quando quebram são obrigados a lidar com a consequência disso, já que nenhuma violação é segredo. Aguentar uns aos outros levando em consideração que cada um é de um país diferente, com uma cultura diferente é outro desafio que os participantes precisam a aprender a lidar.
Autocontrole
E mesmo com o programa sempre os colocando em situações desafiadoras e tentadoras, ‘Brincando com Fogo’ não obriga ninguém a agir da maneira que age. Enfim, tudo depende apenas de autocontrole e pensamento no coletivo que é o que se propõe que o programa desenvolva nos participantes.
A boa notícia é que com raras exceções a maior parte dos participantes parece realmente ter se desenvolvido durante o programa, David, um dos que participaram, declarou recentemente que se sente mais seguro para se relacionar desde então.
As únicas ressalvas que tenho são em relação a escolha dos participantes e a inserção de novos quase no fim da experiência. Pois, a meu ver algumas pessoas não se desenvolveram tanto quanto poderiam pela falta de indivíduos mais compatíveis com elas e no caso dos novos de mais tempo para interagir e se desenvolver.
De todo modo, ‘Too Hot to Handle’ propõe algo novo e interessante. Pois acrescenta a uma fórmula que parece batida algo novo. Entregando um programa que propõe reflexões, apesar do seu tema supostamente fútil. Dessa maneira, nos surpreendemos com as reflexões e aprendizados que ficam não só para os que participaram, mas também para nós que assistimos.
https://youtu.be/W6BBgsDCJes
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1 Comment
[…] e Brincando com Fogo Brasil é mais um título dessa aposta. Aqui no site, já te explicamos o porquê de ‘Brincando com fogo’ ser mais que só mais um reality, mas o que será que a versão brasileira trouxe de novo? Será que valeu a pena assistir? Vem cá […]