Crítica | Get Out: “A construção do enredo em cada detalhe.” Awards #1
A partir de hoje começarei uma série de críticas focadas nas premiações que por sua vez levam ao Oscar. Os filmes que serão abordados fazem parte dos favoritos ao Oscar de Melhor Filme porém, podem acabar não sendo indicados.
Começando por Get Out, um drama/terror que traz em sua premissa um homem negro que vai visitar os pais da sua namorada onde muitas coisas estão erradas.
Apesar de essa premissa nos dar a visão de um filme “simples” o enredo viaja entre as camadas trazendo várias interpretações e todas elas com sua complexidade estruturada.
O filme começa em uma reta, algo como um roteiro que irá ser seguido e provavelmente resultaria em um clichê mas conforme o filme evoluí ele vai fazendo uma curva trazendo coisas novas, detalhes novos e ainda sim tentamos adivinhar cada passo dos personagens, pra quais lados estes irão pender e o que isso resultará no quadro geral do enredo.
O destaque da atuação fica com Daniel Kaluuya, principalmente da metade do filme em diante. Outra grande atuação ainda que com um papel pequeno é a de Keith Stanfield. A decepção acaba sendo Allison Williams, o trabalho dela não é ruim mas decai muito quando a sua personagem transcende de forma.
A produção também foge do clichê na construção do seu protagonista. Na maioria dos filmes este se demonstra forte e confiante mas em horas de sufoco tem atitudes burras e ingênuas enquanto em Get Out, Chris mostra diversas vezes estar inseguro e indefeso mas evoluí conforme o desenrolar do filme sendo isso um dos pilares do seu final.
Get Out é um filme fantástico que se destaca com seu roteiro trabalhado e atuação geral do elenco, perde um pouco com Allison Williams e com os momentos cômicos que desequilibram o tom de suspense e horror; E que poderia ter se aprofundado um pouco mais no racismo.
Nota: 9.6
Boa sessão!
4 Comentários
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