Crítica I Morbius é uma perda de tempo
Após o grande lucro de Venom para a Sony Pictures, Morbius é outro anti-herói do universo do Homem-Aranha trazido pela produtora. Dessa vez, a roupagem mais é dark e mórbida, afinal o personagem tem inspiração no Drácula, e talvez, em outro morcegão também, né?
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Enfim, Morbius com certeza não era a promessa deste ano, afinal a lista de lançamentos, principalmente dentro do universo de super-heróis, é gigantesca. No entanto, apesar do trailer ter convencido algumas pessoas que poderia ser algo bom, o filme em si, é decepcionante.
O filme sobre a origem do anti-herói, coadjuvante dos quadrinhos, com uma pegada de terror, poderia se tratar de um filme dos anos 90, pela sua qualidade muito questionável. Com um roteiro cheio de furos e efeitos especiais, que apesar de às vezes megalomaníacos, não funcionam bem na tela. Podemos falar o mesmo das cenas de ação que conceitualmente não funcionam, com ângulos estranhos, mudanças de ritmo mal pensadas e confusas. Dessa maneira, seria mentira se essa crítica de Morbius prometesse algum tipo de empolgação para o espectador.
Jared Leto tenta, mas nem seu bom trabalho salva o filme
Quanto a atuação, Jared Leto convence em seu papel de gênio em sofrimento e depois como monstro atormentado. Mas tanto Adria Arjona quanto Jared Harris são subutilizados no filme, mas pelo menos, mesmo que apenas como bengalas para os principais, seus personagens fazem algum sentido ali. O mesmo não pode ser dito dos detetives interpretados pelos Tyrese Gibson e Al Madrigal, que poderiam ser totalmente cortados do filme.
Contudo, a parte que mais falha no filme é o próprio roteiro. Ele é lento, conveniente e batido, não tem uma jornada em construção. Além de conter muitas cenas desnecessárias só para trazer o terror, sendo assim, resumidamente, o filme é um conjunto de falhas. Entre os exemplos, sem dar grandes spoilers, temos uma gota de sangue que incomoda o protagonista em um momento, e em outro muito sangue que não o afeta, ou a falta de sentido do mesmo se arrastar para água para chamar morcegos ou até controlá-los, como um dobrador de elementos de Avatar.
Será ele o novo Esquadrão Suicida?
Definitivamente não. No caso de Esquadrão Suicida a trilha sonora e a atuação de Margot Robbie foram pontos de destaque numa verdadeira bagunça. Morbius, por outro lado, não consegue nos deixar a mesma impressão por mais que tente desesperadamente. A impressão que fica é que os problemas são tantos que nem os pontos positivos, como a atuação de Matt Smith e Jared Letto, não são suficientes para deixar uma marca consistente e memorável em quem assiste.
A verdade é que se o filme compartilhasse a época de lançamento com Blade — O caçador de Vampiros, talvez pudesse não ser tão ruim. Talvez ele seja tão vítima da falta de timing quanto das suas próprias falhas de roteiro, mas infelizmente nunca saberemos.
Mas se vocês estão curiosos, o filme tem duas cenas pós-créditos que dão abertura para o futuro dessa trama. E vocês estavam ansiosos para assisti-lo? Já viram e acreditam que eu exagerei na crítica de Morbius? Comentem aqui!