
CRÍTICA | Geek Girl, Netflix
“Geek Girl” é a mais nova série adolescente da Netflix, inspirada no livro do mesmo nome, da autora Holly Smale. A série, apesar de recente, já é um enorme sucesso na plataforma de streaming, sendo a 9ª mais assistida no Brasil.
O livro, lançado em 2013, foi bem recebido por leitores de todas as idades, especialmente a personagem principal Harriet Manners, que encantou muitos com sua personalidade marcante e genuína.
Adaptar essa história para as telas foi um desafio importante, visto que a essência da protagonista é bem peculiar.
Sinopse
No auge da sua adolescência, aos 15 anos, Harriet Manners (Emily Carey) se considera uma entusiasta por conhecimentos diversos, adora dados incomuns, raciocínios lógicos e curiosidades bem específicas.
Ou seja, ela é uma “geek” e, por algum motivo bem raso, isso é um motivo de chacota por parte de seus colegas de escola. Dessa maneira, para Harriet, lidar com as relações sociais é sempre um desafio, visto que ela também acaba se envolvendo em situações constrangedoras com frequência.
Por sorte, a protagonista conta com a lealdade de Nat (Rochelle Harrington) e a parceria de Toby (Zac Looker) durante o ensino médio, numa escola onde o bullying parece até bem mais comum do que deveria.
Mas a rotina de Harriet muda rapidamente ao ser notada por uma agência de modelos durante uma viagem escolar a Londres, iniciando, assim, uma promissora carreira no universo da moda, mantendo sempre sua essência “geek”.
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Crítica
A versão criada pela Netflix, produzida por Declan O’Dwyer, soube manter a atmosfera alegre e encantadora dos livros. A atriz Emily Carey se destaca no papel de Harriet, apresentando uma interpretação que retrata de forma precisa a mistura de inocência e confusão da personagem.
O elenco conta com nomes de destaque, como Sarah Parish (Muito Bem Acompanhada e Bancroft), Emmanuel Imani (Jack Ryan e Ruptura) e Tim Downie (As Aventuras de Paddington e O Investigador Judeu), proporcionando atuações que complementam e destacam a jornada da personagem principal.
A atriz Emily Carey dá vida à protagonista Harriet Manners – com episódios de aproximadamente meia hora de duração, a série segue um ritmo veloz que mantém o interesse do espectador.
Sua narrativa é original, envolvente e respeita fielmente a obra original, proporcionando uma experiência agradável, tanto para aqueles que estão descobrindo a história pela primeira vez quanto para os fãs dos livros.
Pontos de Destaque
Esteticamente, a série é cheia de cores vivas e alegres, transmitindo a energia jovem e positiva da protagonista, Harriet. Contudo, é possível apontar algumas críticas em relação à representação da personagem principal, que é um tanto suavizada em comparação com a versão dos livros.
Mesmo sendo algo esperado em uma adaptação para televisão, alguns fãs podem sentir falta de um pouco mais da singularidade que caracteriza a personagem nas obras literárias. A série trata de forma delicada, mas eficiente, os aspectos das características de Harriet, sem identificá-la claramente como uma autista.
Essa decisão na narrativa traz à tona reflexões pertinentes sobre a relevância e consequências de diagnósticos oficiais, sobretudo em uma produção voltada para o público jovem. A maneira cautelosa como o assunto é abordado evita estereotipar a personagem, e isso destaca a individualidade, dos dilemas e das conquistas, o que pode ser bem típico durante a adolescência.
Portanto, “Geek Girl” é uma versão genial que, apesar de alguns pequenos defeitos, consegue capturar de forma fiel a essência e o âmago dos livros de Holly Smale. Emily Carey se destaca em um elenco talentoso, dando vida à adorável Harriet Manners, que não imagina o quão sua vida mudará. A série é uma homenagem à singularidade e à resiliência na adolescência, apresentando uma trama envolvente.
Segunda Temporada?
“Geek Girl” traz um grande acervo para os roteiristas, mas ainda não há uma definição sobre o futuro da adaptação.
No entanto, os fãs da série não precisam se preocupar, já que a Netflix não costuma publicar, com antecedência, quais séries terão continuação. Exceto as de grande destaque, como Bridgerton.
As chances são altas sobre uma nova temporada, o enorme sucesso e o apego do público. Então, agora, somente nos resta esperar e torcer.
E você, o que achou de “Geek Girl”? Conte para a gente!
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