Crítica | Homem-Formiga e a Vespa: Quantumania
Sim, o tão esperado momento chegou! A estreia de Homem-Formiga e a Vespa: Quantumania se aproxima e a ansiedade de muitos fãs está a mil! Afinal, o filme vai introduzir pela primeira vez nos cinemas um dos maiores vilões conhecidos das HQs: o temido Kang, o Conquistador. Dessa maneira, é inevitável criar certa expectativa, e talvez seja esse o maior motivo de frustração da parte dos fãs. Pois, ainda que o filme não seja de todo ruim, está longe de ser o que os fãs esperavam.
Leia Mais: Kang | Conheça o novo vilão do MCU nas HQs
O que esperar do filme?
Continuação da franquia de sucesso, Homem-Formiga e a Vespa: Quantumania acompanha mais uma vez Scott Lang e Hope Van Dyne em uma aventura. Dessa vez, toda a família é transportada para o Reino Quântico, onde será necessário enfrentar Kang, o Conquistador e M.O.D.O.K..
Mantendo a essência de humor de Scott Lang, o filme traz momentos engraçados e mostra bem sua conexão com títulos anteriores da Marvel, como Loki, Multiverso da Loucura e Falcão e o Soldado Invernal. Desse aspecto, o filme demonstra potencial para a fase 5 do MCU, já que finalmente o enredo principal começa a tomar forma.
No entanto, ainda que prometa muitas histórias interessantes para o futuro, ele ainda é um filme do Homem-Formiga em sua essência, e isso pode ser bastante decepcionante para quem está esperando algo mais. Em suma, o filme diverte, entrega boas atuações, mas peca tanto no seu roteiro quanto em escolhas criativas!
O que não funciona muito bem no longa?
Da representação de M.O.D.O.K. aos seres vivos do Reino Quântico, o filme se destaca negativamente por falhar ao apresentar um conceito claro e agradável desses personagens. Ao contrário de Guardiões da Galáxia, que consegue inserir a estranheza dos personagens a realidade apresentada, aqui a falta de unidade e a “mistureba” de influências, não nos passa muita naturalidade.
Além disso, as caracterizações e efeitos relacionados a esses personagens parecem pobres quando nos lembramos que esse não é um filme B com baixo-orçamento e de produção independente. Especialmente a representação do M.O.D.O.K., que impressiona pela baixa qualidade.
E nos faz questionar: será que tudo nas HQs deve mesmo ser adaptado? Na minha visão, não, e esse era um dos erros que a Marvel poderia ter poupado!
Tá, mas qual é o problema com o roteiro?
O principal problema já é bem conhecido nos filmes da Marvel. Apesar de não ter, nem de longe, a quantidade de facilitações de roteiro de Multiverso da Loucura, ainda assim, as que o filme entrega não soam nenhum pouco naturais ou acreditáveis, para falar a verdade.
Por outro lado, o restante do roteiro, apesar de não trazer nada de espetacular, é bastante coerente e coeso, desde como eles chegam até o Reino Quântico até como a associação entre Kang e Janet se apresenta na narrativa.
Quais os maiores destaques positivos do filme?
Um dos pontos mais interessantes do roteiro é ver desde a vida de sucesso de Scott depois dos acontecimentos de Ultimato até sua relação com Cassie. Com bastante humor, como era esperado, a dupla traz bastante leveza mesmo em momentos tensos.
A filha funciona como uma espécie de bússola moral e nos mostra que talvez a fama tenha subido um pouquinho à cabeça de Scott. Sendo ela quem o ajuda a reencontrar o herói em si enquanto entende os sacrifícios de se tornar um. Contudo, apesar de a relação ser bastante interessante e Kathryn Newton não ter feito um trabalho ruim, seu carisma ainda não se iguala ao de Rudd, o que pode representar um problema a longo prazo para o MCU.
Além disso, não tem como não mencionar o trabalho incrível de Michael Douglas (Henry Pym) e Michelle Pfeiffer (Janet Van Dyne). Com muito talento, os dois somam com o carisma de Paul Rudd e garantem muitas risadas com suas interações. No caso de Pffeiffer, o trabalho entregue é ainda melhor, pois além do bom humor também nos concede cenas mais sérias e muito bem interpretadas.
E quanto ao Kang, o Conquistador?
Um dos mais esperados vilões, sua entrada no MCU pode gerar certa decepção. Ainda que o ator seja a escolha perfeita para o papel, parece que a Marvel ainda não encontrou o tom do personagem, sua introdução ainda é um tanto superficial.
Enfim, conhecemos um pouco da sua história, o suficiente para temer o que vem pela frente, mas há pouco desenvolvimento sobre seus motivos, talvez seja uma escolha proposital para ser melhor explorado em outros lançamentos, nos resta aguardar pra ver!
No entanto, por conta dessa falta de desenvolvimento, o vilão ainda parece muito caricato e não amedronta como Thanos. Contudo, vale mencionar que o traje do personagem está idêntico aos quadrinhos e deve deixar os fãs bem satisfeitos.
E as cenas pós-créditos, valem a pena a espera?
Homem-Formiga e a Vespa: Quantumania tem duas cenas pós-crédito.
Ao contrário de MOM, as duas são relevantes, a primeira para o futuro do MCU, ainda que tecnicamente não impressione, vale assistir para entender as consequências dos acontecimentos do filme.
Já a segunda certamente vai deixar vocês bastante animados com o que virá daqui pra frente!
Para encerrar essa matéria, o filme entra em cartaz em todos os cinemas brasileiros no dia 16 de fevereiro. Já assistiu? Me conta o que achou aqui nos comentários 👇
2 Comentários
[…] Leia também: Crítica | Homem-Formiga e a Vespa: Quantumania […]
[…] Leia Também: Crítica | Homem-Formiga e a Vespa: Quantumania […]