5 lições de vida para aprender com Luca

Olá, turneiros, tudo bom? Para os amantes dos filmes da Disney-Pixar, Luca vem para aquecer nossos corações e nos ensinar boas lições. Ele é mais um filme adorável para a coleção das produtoras. Ainda que não diga que é o melhor produzido nessa parceria, com certeza não perde em nada para os anteriores.

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Acho que o que mais nos atrai nesses filmes é a sensibilidade para trabalhar temas complexos das relações humanas. Além disso, os personagens são encantadores e os filmes sempre com cenários alegres, coloridos e leves, resultando numa combinação perfeita tanto para o público infantil, quanto para o adulto, não acham?

Luca foi lançado em julho de 2021, exclusivamente pela plataforma de streaming do Disney +. Ele se passa na Riviera italiana e mostra as aventuras de Luca Paguro e seu amigo, Alberto Scorfano. Os dois garotos se tornam amigos e embarcam numa aventura que envolve autodescoberta, aceitação e superação de medos. O mais lindo dessa história é com certeza ver a felicidade e prazer dos personagens experimentando coisas simples, mas não só isso Luca, também traz uma porção de lições, então vem comigo descobrir quais são!

1 — Curiosidade

Em primeiro lugar, a maior característica do personagem Luca é a curiosidade. Desde os primeiros momentos do filme vemos o quanto ele sonha e anseia em descobrir o que está além do seu mundo. Ele tenta saber sobre essas coisas perguntando a seus pais, mas estes não estão muito abertos a respondê-lo. Enfim, falaremos disso mais a frente, porém o que importa é que, ao decorrer da história, vemos a paixão dele por aprender, e é difícil não se inspirar na sua trajetória.

Mesmo sem apoio, Luca busca conhecer um novo mundo, e é isso que o leva a encontrar Alberto, alguém tão diferente dele e ao mesmo tempo tão igual. Com ele, Luca se aprofunda nessa jornada de curiosidade e conhecimento sobre o mundo da superfície. 

2 — Amizade

Nesse sentido, seguindo seu instinto de aventura, Luca e Alberto formam uma das amizades mais lindas das animações. A proximidade deles estimulada pelo desejo de aprender é inspiradora. Basicamente nos mostra que não estamos sozinhos nessa jornada, e que encontrando as pessoas certas, nós vamos para frente mais rápido.

Enfim, o jeito que os dois se apoiam e tentam estar sempre presentes um pelo outro também nos mostra como bons amigos acabam se tornando família. Além disso, é ao compreender a necessidade um do outro, e priorizar o bem-estar do outro acima de estarem juntos, que eles provam ser amigos de verdade.

3 — Aceitação e Acolhimento

O filme também acaba por ter todo um plano de fundo que trata de preconceitos e aceitação das diferenças. Alberto e Luca são monstros marinhos que ao tocar a superfície podem assumir a forma humana. A grande questão é que os dois acabam em uma cidade que, por pura ignorância e medo, os caçam.

É nesse contexto de preconceito que aprendemos sobre a necessidade de lidar com as diferenças. Luca e Alberto fogem para Portorrosso para evitar que os pais do protagonista o mandem para longe. Lá eles conhecem Giulia, que os defende de um valentão que aterroriza as crianças da cidade.

Logo, todos ficam amigos, porém Alberto e Luca mantém suas identidades escondidas. Ao descobrir também que eles são criaturas marinhas, Giulia se assusta, não tendo a melhor das reações no princípio. Mas, passado o susto, ela acolhe e defende os amigos da melhor forma que pode, mostrando o poder de uma segunda chance. No fim, a lição que fica é que tanto as aparências quanto as diferenças não importam, mas sim quem é aquela pessoa para nós.

4- Superação de Medos (Silêncio Bruno)

Lembra quando eu disse que o Luca é muito curioso? Eu estava falando a verdade, porém, apesar dessa curiosidade ele tinha muito medo de sair e tentar descobrir as coisas por si. Medo esse incentivado pelo excesso de proteção dos seus pais, mas fiquem tranquilos, falaremos mais disso, já, já.

Sendo assim, outro ponto forte da amizade de Luca e Alberto, foi justamente que Alberto ensinou Luca a superar os próprios medos e se arriscar. Em uma das melhores cenas do filme, os dois estão montando uma Vespa (uma moto simples) e decidem descer uma colina. Luca está morrendo de medo e Alberto diz pra ele: “Silêncio, Bruno!” Quando questionado sobre quem é Bruno, ele explica que é aquela vozinha na cabeça que fica dizendo que as coisas não vão dar certo, Ou seja, o medo.

Desta maneira, ele incentiva o amigo a experimentar e descobrir coisas novas que antes seu medo o impedia de tentar. Fica essa linda reflexão para nós, quantas coisas a gente tem deixado de tentar por causa do estúpido Bruno em nossa cabeça? Então, vamos lá pessoal, falem bem alto: “Silêncio, Bruno!” e divirtam-se.

5 — Conhecimento é o melhor caminho

Como disse antes, vamos falar um pouco da relação de Luca com seus pais e os problemas que vieram disso. Os pais de Luca, Daniela e Lorenzo, são extremamente protetores, principalmente sua mãe. Eles querem evitar a todo custo que o garoto tente ir à superfície e de certa forma, eles têm razão, pois não querem que seu filho se machuque.

Contudo, eles apenas fazem a proibição e transpassam a ideia de perigo, se recusando a responder às questões de Luca sobre a superfície. Na ausência de um diálogo e da orientação correta, o jovem vai sozinho em busca de aventuras e respostas. O que nos entrega uma linda jornada, mas pensando no mundo real, poderia ter um fim bem ruim.

O que Luca e Simba têm em comum?

Luca não estava ciente dos perigos e poderia ter dado tudo muito errado. O que me lembra também o caso de Simba. Em “O Rei Leão”, quando Mufasa mostra ao filho os limites de seu reino, o leãozinho pergunta sobre um lugar escuro e distante e a resposta do pai é que ele não deve ir a esse lugar. Ele não explica o porquê e apenas dá uma ordem. Isso deixou uma brecha para Scar plantar uma ideia errada sobre ir ao local proibido no jovem leão. O que percebemos é que a falta de orientação levou Simba a ser enganado e manipulado pelo tio, que não queria seu bem. O mesmo poderia ter acontecido a Luca, caso não tivesse encontrado pessoas com boas intenções em seu caminho.

Basicamente, não adianta dizer não e proibir, proteger demais e restringir, pois pode ser muito pior examente por isso. Dessa maneira, Luca traz uma lição para os pais sobre como é necessário que as crianças entendam o motivo para alguma atividade ser proibida já que na maioria das vezes quando não há diálogo sincero as crianças e adolescentes acabam em risco. Sendo assim, se é pai, mãe, ou tem uma criança, não deixe de conversar sobre os assuntos mesmo se eles forem tabus sociais.

E é isso, essas foram as lições que eu consegui tirar de Luca. E você, aprendeu mais alguma coisa? Me conta nos comentários e aproveita para me dizer se concorda com as que eu listei!