Mamãe Bruxa, uma leitura para expandir o universo de Enrolados

Oiee, Turners, tudo bom? Para os fãs da Disney, a notícia de que existe um universo expandido contando a história dos vilões em livros é motivo de muita alegria, não é mesmo? Eu sou uma dessas apaixonadas que fiquei radiante ao saber da coleção Vilões, escrita pela Serena Valentino, e agora que finalmente consegui meu primeiro livro da série, vim contar tudinho para vocês.

Comecei a leitura pelo quinto livro, Mamãe Bruxa, pois amo muito a história de Enrolados e achei que gostaria de mergulhar na vilã que sequestrou uma bebezinha e a criou isolada. Então, vem comigo que te conto tudo que precisa saber sobre o livro e a série dos Vilões.

E como é a série dos Vilões?

A princípio, a ideia central da Série Vilões da Disney é trazer a história dos nossos icônicos antagonistas das animações. Logo, mostrar a trajetória deles e como se tornaram pessoas que amaldiçoam e sequestram crianças, enganam jovens sereias, fazem prisioneiros por rosas, etc. Nesta série, que já tem dez livros publicados, nós acompanhamos a vida da: Rainha Má, A Fera, Úrsula, Malévola, Gothel, Cruella, Lady Tremaine, Capitão Gancho, Hades e As Irmãs Esquisitas, que parecem ter bagunçado a vida de todos os anteriores.

Dessa forma, Serena Valentino desenvolveu um pano de fundo para entendermos a construção desses personagens, o que os levou a serem quem são e tomar as atitudes que vemos nas animações. Vale dizer que, apesar dos livros serem inspirados nos clássicos da Disney, pelo que li, eles desenvolvem um universo próprio que une todos esses personagens em uma mesma linha temporal. Portanto, essas narrativas se conectam. Contudo, as obras podem ser lidas de maneira independente caso desejado. Foi o que fiz começando por Mamãe Bruxa, a História da Vilã de Rapunzel.

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E como acontece a história de Gothel?

No livro, vemos as origens de Gothel, ela é uma bruxa herdeira de uma longa geração especialista em necromancia (magia dos mortos). Sua mãe, Manea, é a atual Rainha da Floresta dos Mortos, vive lá com suas três filhas, as irmãs da vilã, Primrose e Hazel. A Floresta dos Mortos tem um muro de rosas encantadas que impede que qualquer pessoa de fora da família entre, seja mortal ou mágico.

Sendo assim, as irmãs passam seus dias por lá brincando nos túmulos do cemitério enquanto sua mãe pratica magia de forma reservada. A única com interesse em aprender a magia da mãe era Gothel e, um dia, enquanto expressava sua insatisfação pelas irmãs por não aprenderem magia, Manea a escuta. De uma maneira sombria, a rainha concorda em passar seu conhecimento às filhas em um ritual. A partir daí, as jovens começam a ver sua mãe fazer atrocidades usando magia, o que deixa Primrose e Hazel apavoradas e Gothel admirada e ansiosa para ter o mesmo poder. 

E como é essa versão jovem da Gothel?

A jovem bruxa se mostra uma mulher curiosa, sedenta por poder, mas também muito amorosa e carinhosa com suas irmãs, que são tudo para ela no mundo. Um espírito doce e gentil aliado a um ímpeto ambicioso. A mãe dela não era nada maternal ou presente, nem na sua vida, nem na das suas irmãs. É justamente no momento que ela iria começar a aprender magia que descobre o pior lado daquela que as criou. Os acontecimentos que sucedem vão guiando Gothel no caminho da solidão, da dor e da maldade.

Fica claro que a personalidade sombria dela se deu por influência de sua mãe, que era tóxica, narcisista e manipuladora. Suas afirmações negativas fizeram a moça acreditar em coisas ruins sobre ela mesma, que a conduziram a se tornar a vilã que conhecemos. Se interessou pela história? Para adquirir o livro, clique aqui.

Afinal, é uma boa leitura?

Posso dizer que sim, é uma ótima leitura. A história foi muito bem construída, traz uma versão muito diferente das coloridas aventuras de Rapunzel que vemos em Enrolados, tanto no filme quanto na série animada. Mamãe Bruxa é uma narrativa sombria, cheia de mistérios e magia, o que torna o livro uma leitura muito cativante e prazerosa para ler.

Entretanto, é importante ressaltar que a história construída no livro difere da narrativa do que foi produzido para o audiovisual. As explicações para como Gothel se mantém jovem e sobre a magia da flor não se encaixam no que foi desenvolvido em Enrolados a Série, por exemplo.

E teve algo negativo?

Eu achei os últimos capítulos, os que tem parte da história do filme, bastante desconexos do restante do livro. A minha impressão é que a autora tentou unir o livro com o filme e acabou por ficar confuso e um pouco não natural na história que ela já tinha desenvolvido. Então esse seria o lado negativo.

Além disso, as motivações e personalidade da personagem para mim foram alteradas levemente. No filme, fica claro que ela é egocêntrica, egoísta e não se importa com nada e nem ninguém. No livro, mesmo no auge de sua maldade e pouco se lixando para Rapunzel, ela não tem essa mesma maldade e egoísmo que vemos em Enrolados. Algumas construções narrativas poderiam ter sido ligeiramente diferentes para que a passagem de uma jovem amorosa para uma bruxa má ficasse mais nítida.

Apesar disso, eu defendo que vale muito a pena ler e estou ansiosa para conferir os outros livros da série. Acho que entender esse universo como um alternativo ao que vemos nas animações pode torná-lo mais interessante. E você? Já leu Mamãe Bruxa ou algum dos livros dos Vilões? Me conta seu favorito aqui nos comentários.