TURN – Mundo Nerd TURN – Mundo Nerd
  • TV
  • Cinema
  • Notícias
  • Críticas
  • Leitura
  • Listas
  • Turncast
  • Contato
 A nova versão de ‘Amor, Sublime Amor’ é tudo menos sublime
Cinema Críticas

A nova versão de ‘Amor, Sublime Amor’ é tudo menos sublime

10 de dezembro de 2021 2Comentários

Uma das maiores promessas de 2021, a nova versão de Amor, Sublime Amor consegue tanto impressionar quanto decepcionar. Para quem está confuso e se perguntando como assim, não há como negar o quão impecável e genial está a direção de Steven Spielberg, mas irônicamente é exatamente o sublime que faz falta nesse filme.

Confira: Vale a pena ver ‘Em um Bairro de Nova York’?

Enfim, apesar de ser técnicamente fantástico, e belíssimo, ele deixa a desejar na parte mais importante de um drama tão icônico do cinema. A questão é que por mais que tente a nova história de amor não convence e muito menos nos arrebata, como a original fez.

Na verdade, parece que Spielberg se atentou a questões importantes da original, como coadjuvantes, subtramas, críticas sociais e aspectos gerais, mas se esqueceu do essencial. Desconsiderou, que ao contrário de muitos filmes, uma história de amor, e principalmente essa, precisa por si apaixonar também quem assiste. De forma que torcer pelo casal não seja uma escolha, mas sim uma necessidade. Sendo assim, por mais que seus ângulos e enquadramentos sejam lindos e quase perfeitos nem eles podem suprir a falta dessa paixão na trama.

E sim é verdade que nem tudo é culpa do reboot, já que a própria versão original tem problemas importantes de roteiro e de direção já que em muitos sentidos ela ainda parece presa ao seu passado teatral.

A nova versão é realmente melhor que a original?

Tony (Richard Beymer) e Maria (Natalie Wood) – Amor, Sublime Amor – 1961 @United Artists. Tony (Ansel Elgort) e Maria (Rachel Zegler) – Amor, Sublime Amor – 2021@20th Century Studios.

Sem dúvida se levarmos em conta apenas os aspectos técnicos pode se dizer que sim ela superou e muito sua antecessora. Isso se dá por muitas razões, pela arte impecável, com figurinos lindos e condizentes com a obra; uma fotografia fantástica, que faz das luzes parte essencial da arte, referenciando sua origem teatral lindamente. Além do olhar de Spielberg que definitivamente não decepciona, entregando cenas lindas e extremamente teatrais.

Contudo, mesmo com tudo isso ele não supera o frescor e o impacto do original, que a partir das atuações de Richard Beymer (Tony) e Natalie Wood (Maria) nos convecem desse amor inabalável e arrebatador. Por outro lado, Ansel Elgort (Tony) e Rachel Zegler (Maria) não conseguem fazer o mesmo tanto pelo trabalho que desempenham quanto pelo roteiro que não funciona nos dias atuais.

Confira: Smash na Broadway? | Entenda

Spielberg erra ao esquecer de focar na paixão

Anita (Ariana DeBose) Amor, Sublime Amor @20th Century Studios.

Apesar de ser comprensível a dificuldade, não há dúvida que Spielberg, um diretor que amo de paixão e que produziu uma das minhas séries favoritas, falhou em adaptá-lo, pois foca nas partes erradas. Mesmo que acerte em pontos extremamente relevantes como o destaque a personagens coadjuvantes como Anita (Ariana DeBose), adicione a fantástica Rita Moreno como Valentina, e utilize de forma mais coerente e eficiente o musical na trama nada disso é suficiente.

Nenhuma dessas adições é capaz de carregá-lo por completo porque não remediam o principal problema, que já existia no original de forma mais suave. A verdade é que esse amor trágico e Shakeasperiano só funciona se for muito bem trabalhado. Dessa forma, é necessário uma química imbatível entre os atores, uma esplêndida direção que capte essa química, e um roteiro nos faça sentir esse amor. A nova versão acerta na segunda, mas peca nas outras duas.

Dessa maneira, era preferível que ele tivesse repensado a escalação e reconstruído essa história, ainda que isso trouxesse mudanças mais estruturais a obra original. Pois, o mais importante no fim é manter sua essência, não?

E ela não está na sequência de cenas, ou mesmo nas músicas, mas no sublime sentimento que ela é capaz de causar. Sendo assim, ainda que muito da obra original tenha ficado a parte mais importante de todas não está, e sem ela o filme perde sua alma.

É certo que alguns vão dizer que nada que Spielberg fizesse era capaz de solucionar isso, mas duvido muito.Visto que, por exemplo, a adaptação teatral de Romeu e Julieta de Guilherme Garcia conseguiu entregar uma obra contemporânea, shakesperiana e insanamente apaixonante.

Enfim, talvez no fim das contas o reboot não fosse necessário, ou talvez só não fosse o momento…

    Share This:

      Tags: Amor Sublime Amor clássicos reboot Spielberg steven spielberg West Side Story
      Post Anterior
      Próxima postagem

      Leticia Linhares

      administrator

      2 Comentários

      • Duna foi a estrela do Oscar 2022? • TURN - Mundo Nerd says:
        30 de março de 2022 at 22:25

        […] Leia Mais: A nova versão de ‘Amor, Sublime Amor’ é tudo menos sublime […]

        Acesse para responder
      • Os Fabelman e a arte de fazer cinema de Spielberg says:
        28 de janeiro de 2023 at 18:29

        […] um trabalho tecnicamente impecável, mas que vai, além disso. Ao contrário do que senti em Amor, Sublime Amor, por exemplo, aqui vemos sua essência como diretor e sentimos tudo que o filme nos […]

        Acesse para responder

      Deixe um comentário Cancel reply

      You must be logged in postar um comentário.

      TURN – Mundo Nerd TURN – Mundo Nerd

      turn.mundonerd@gmail.com

      Nossas Redes:

      Filmes

      Críticas
      Trailers
      Notícias
      Lançamentos
      Oscar
      Globo de Ouro

      Séries

      Crítica
      Trailers
      Notícias

      Games

      Gameplay
      Trailer
      Crítica
      Notícias

      Mais

      Listas
      Música
      Quadrinhos

      Últimas Notícias

      Zendaya
      Notícias

      Zendaya como Clarice no reboot de O Silêncio dos Inocentes?

      AniRap Turnê Geek
      Eventos

      AniRap | Primeira turnê geek do Brasil começa em São Paulo

      Cinema

      Crítica | Os Roses: Até que a Morte os Separe —Entre o amor e a guerra

      2025. Todo direito reservado - Desenvolvimento: Ed Rodrigues