10 Séries Adolescentes para ver antes de morrer

Ainda que a gente cresça, o amor por séries adolescentes não passa. Gostaria de poder explicar porque eu gosto tanto disso, talvez seja a nostalgia de revisitar uma época diferente das nossas vidas.

Afinal, todos nós já fomos adolescentes cheios de sonhos e sentimentos confusos.Definitivamente, é uma fase que todos vivemos e é especial assistir toda a descoberta desses personagens.

A forma como descobrem e lidam com novos e velhos sentimentos. É definitivamente uma das coisas mais incríveis dessas séries!

E pensando nisso, listei oito séries adolescentes que me marcaram e que acredito que todos deveriam ver!

Série #1 Party Of Five – “O Quinteto” (1994-2000)

Party Of Five conta a história de cinco irmãos: Charlie, Bailey, Julia, Claudia e Owen que perderam seus pais em um acidente de carro. Completamente do nada, Charlie passa de um jovem irresponsável a chefe da família.

Se adaptar a essa nova realidade não é fácil, cada um está em uma fase diferente da vida e precisa de coisas distintas. Porém apesar das dificuldades, no fim do dia ainda são uma família que se ama e que é capaz de tudo para se manter unida.

Apesar da série pecar na representatividade, ela se destaca pela forma como discute temas importantes, como aborto, alcoolismo, relacionamentos abusivos, e muito mais.

Além disso, ao contrário do que muitas séries desse estilo fazem, a família é parte essencial da vida desses cinco. Enfim, Party of Five é divertida, descontraída e também muito dramática quando quer.

Ps: Disponível na GloboPlay!

Série #2 Dawson’s Creek (1998-2003)

Dawson’s Creek foi um completo sucesso entre o final dos anos 90 e início dos anos 2000, e é uma das maiores referências quando se fala em série adolescente até hoje. Com diálogos rápidos, cheios de referências e um pouco rebuscados, Dawson’s Creek desafiou os jovens da época.

Ao contrário de Barrados no Baile e Party of Five, séries de sucesso que a precederam que se passavam em cidades grandes e reais, Dawson’s Creek se passa na pacata e fictícia Capeside, uma cidade no interior dos Estados Unidos. Nela conhecemos quatro adolescentes completamente diferentes: Dawson, Joey, Jen e Pacey.

Cada um dos personagens passa por suas questões, são confusos, imaturos, inseguros e muitas vezes egoístas. Mas afinal quem não é quando se tem dezesseis anos?

Dessa maneira, assistindo Dawson’s Creek passamos por uma montanha russa de sentimentos: nos apaixonamos, nos irritamos, torcemos e mais que tudo nos identificamos com os sonhos, medos e inseguranças de cada um deles.

Ps: Disponível na Amazon Prime e GloboPlay!

Leia Mais: 7 motivos para maratonar Dawson’s Creek hoje mesmo!

Série #3 Freaks and Geeks (1999)

Pensa num fim doloroso, Freaks and Geeks é facilmente um dos cancelamentos mais injustos da história.

Afinal, a série foi cancelada por baixa audiência, mas se fosse exibida hoje em dia muito provavelmente teria uma vida mais longa. Na época esperava-se números muito altos de audiência direta já que não se enxergava outros meios de arrecadação para programas como esse.

Apesar de ter apenas uma temporada, trouxe um elemento novo para as séries adolescentes, abordou as panelinhas e a hierarquia escolar muito bem. Além de ter em seu elenco muitos nomes que ficaram famosos anos depois, como James Franco e Linda Cardellini.

Freaks and Geeks se passa em Michigan nos anos 80 e apresenta a dualidade da vida social de dois grupos sociais opostos: a vida dos freaks, aqueles que não se adaptam bem a escola, e os geeks que sofrem bulliyng na mão dos valentões.

Enfim, Freaks and Geeks é uma história sobre quem queremos ser na adolescência e como isso muitas vezes conflita com quem já somos.

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Série #4 The O.C. – “Um Estranho no Paraíso” (2003-2007)

The O.C. não poderia ficar de fora dessa lista de modo algum, não foi a primeira série que me fez me apaixonar, mas sem dúvida foi uma delas. Pensa num vício? Foi assistir essa série, ir para escola chegava a ser torturante porque a única coisa que eu queria era voltar para casa para continuar vendo.

Para quem nunca assistiu ou ouviu falar, The O.C. narra a história de Ryan, um garoto pobre e menor de idade, que acaba sendo preso depois de assaltar um carro com seu irmão. Logo em seguida, ele é solto graças a ação de um defensor público e acaba indo temporariamente para casa dele.

Ao chegar lá Ryan vive um choque de realidade, Sandy Cohen, seu advogado mora numa cidade vizinha lar de ricos e milionários, lá sua estadia que era para ser temporária vira permanente e ele conhece personagens icônicos, como Seth Cohen, Summer Roberts e claro Marisa Cooper.

Com um senso de humor único, a série encanta pela química e carisma dos seus personagens, sua maravilhosa trilha sonora, fotografia e suas histórias cheias de drama e senso de humor.

Leia Mais: 7 Razões porque você deveria maratonar The O.C.

Série #5 One Tree Hill – “Lances da Vida” (2003-2012)

A mais nova adição da Globo Play foi a primeira série que acompanhei na minha vida e sem dúvida meu primeiro vício. Meu primeiro contato veio nas manhãs do SBT, mas foi só na FOX quando acompanhei a quarta temporada que o amor realmente começou.

One Tree Hill conta a história de dois meio irmãos: Lucas e Nathan Scott, um é o filho bastardo e o outro é o filho dentro do casamento. A trama começa quando os dois começam a jogar basquete no time da escola e são obrigados a conviver um com o outro.

A partir disso somos apresentados a personagens inesquecíveis, como Brooke Davis, Hailey James e Peyton Sawyer. Suas vidas complicadas, e, seus sentimentos confusos viram parte das nossas apreensões.

One Tree Hill soube aprender com os erros de Dawson’s Creek, mantendo o drama que vimos na série anterior, mas dando ainda mais profundidade aos personagens e abordando temas ainda mais complicados.

Enfim, One Tree Hill constrói sua história em cima do desenvolvimento dos seus personagens, faz parte da trama conhecermos não só quem eles são, mas também quem eles querem ser.

Leia Mais: 5 Razões porque amamos One Tree Hill

Série #6 Friday Night Lights (2006-2011)

Friday Night Lights é uma das séries menos conhecidas dessa lista, e não é por falta de qualidade. Para quem nunca ouviu falar, a trama se passa numa pequena cidade do Texas completamente obcecada por futebol americano. Porém, tudo muda quando um dos craques do time se machuca seriamente no primeiro jogo da temporada.

Mesmo eu que nem conheço bem futebol americano me vi envolvida pelo esporte, pela forma como eles o utilizaram para unir não só os jogadores, mas toda a escola em um momento difícil.

A série acompanha a vida e as dificuldades dos jogadores nessa fase tão confusa, tudo isso com a liderança e presença do melhor técnico da vida: Coach Taylor, que os lidera e os guia muito bem.

Além disso, Friday Night Lights foi super aclamada pela crítica e não sem razão, a série embasa sua trama em ser realista nos seus dramas, e alguns deles são tão reais que parecem ser baseados em fatos reais apesar de não serem.

Leia Mais: Aprendendo a encarar a vida como Friday Night Lights

Série #7 Skins (2007-2013)

Essa é provavelmente uma das séries mais diferentes da lista, Skins tratou da adolescência de forma bruta e bem realista, contrastando com tudo que já tinha sido exibido antes. Nela não havia espaço para a suavização ou romantização dessa época.

Ao contrário das séries adolescentes que vieram antes, nessa não acompanhamos os mesmos personagens ao longo das seis temporadas. Skins se divide em três gerações, em cada uma delas conhecemos personagens cheios de problemas, dúvidas e sentimentos confusos.

Uma das coisas mais incríveis das séries é como trabalha a dinâmica entre personagens e ao mesmo tempo desenvolve a complexidade individual de cada um deles. Tudo isso sem ter medo de abordar temas até então não muito discutidos, como anorexia, sexualidade, depressão e baixa auto estima.

Skins não tem medo de abordar temas adultos e abriu portas para um novo tipo de série adolescente, como Euphoria e My Mad Fat Diary.

Série #8 My Mad Fat Diary (2013-2015)

My Fat Diary é ainda mais ousado do que Skins, traz como protagonista Rae, uma adolescente de dezesseis anos obesa que vive com uma mãe excêntrica na Inglaterra. A série se passa nos anos 90 e acompanha as aventuras e desventuras da protagonista ao sair de um hospital psiquiátrico.

A série segue o formato de diário e dessa maneira vemos muitos dos pensamentos e desejos da Rae, o que garantem momentos muito engraçados e reflexivos. Sem dúvida uma das partes mais interessantes é acompanhar a Rae por seu tratamento, poder ver como ela se enxerga e como vê as outras pessoas também.

Junto com ela passamos a ser mais empáticos e abrir nossos olhos para o resto do mundo. Vê-la fazer terapia, ter dificuldades, mas conseguir se recuperar é o tipo de história que deveria estar mais nas séries adolescentes.

Apesar de tratar de temas sérios, como depressão, baixa autoestima e problemas de autoimagem. My Mad Fat Diary aborda desses assuntos de forma sensível, natural, tudo isso sem se tornar descuidada.

Série #9 Skam (2015-2017)

Skam é uma outra série que me marcou muito, ela aborda o cotidiano de um grupo de adolescentes noruegueses. Sim, sei que parece mais do mesmo, mas acreditem quando eu digo que não é. A série é simples, porém a forma como conta a história faz toda a diferença.

Enfim, o grande diferencial dela é como usa das mídias sociais como parte da narrativa, enquanto a série era exibida podíamos acompanhar as conversas entre os personagens através de contas oficiais no instagram.

Com poucos e curtos episódios, Skam conquista pela descontração e pelo carisma dos seus personagens, que são completamente diferentes uns dos outros. Além disso, a série trata de temas muito relevantes e interessantes, como: feminismo, islamismo, homossexualidade e muitos outros.

Ps: Curiosidade – Skam foi um sucesso tão grande que ganhou remakes em uma porção de países. Skam Italia é a melhor de todas e quem diz outra coisa não sabe o que tá falando haha….

Série #10 Euphoria (2019)

O que dizer de Euphoria? Comecei a ver por Zendaya, mas me viciei pelas makes extravagantes e pela fotografia maravilhosa. Mas a história e seus personagens não ficam atrás, Euphoria é mais uma história sem medo de chocar e que conta com o máximo de verdade sobre as coisas que ninguém quer falar a respeito.

Desde dependência química, sexualidade, relacionamentos abusivos, e muito mais. Como em Skins e My Mad Fat Diary, não há espaço para romantização e suavização. Euphoria é brutal, chocante e com certeza causou grande identificação com muitos jovens.

Além disso, a forma como a história é contada através da mudança de cenários e de ângulos de câmera, nos faz sentir dentro da mente confusa de Rue e da complicada vida do ensino médio dela.

Bônus: Never Have I Ever – “Eu Nunca” (2020)

Criado por Mindy Kalling (The Office), Eu Nunca narra a vida de uma adolescente filha de imigrantes indianos nos Estados Unidos. A partir de uma perspectiva completamente nova somos apresentados a uma série que aposta no humor e na realidade para contar sua história.

Em Eu Nunca os pais envergonham os filhos, os filhos se envergonham com seus amigos e os adolescentes cometem muitos erros. Se eu tivesse que explicar essa série em uma frase seria uma sequência de vergonhas alheias, então prepare-se para rir e se identificar muito com as coisas que acontecem nessa série.

Apesar de focar no humor, a série não deixa de falar de assuntos sérios, como luto, papel da mulher na sociedade, feminismo e as diferenças entra a cultura americana e indiana. Confesso que além de rir também chorei, com apenas dez episódios, tendo todos uma média de 30 minutos difícil é não devorar todos e não ficar morrendo de saudades no final.

Quer saber mais? Eu Nunca | 7 Razões para assistir

E aí gostaram da lista? Faltou alguma? Não deixe de comentar aqui embaixo!

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Revisado por: Leandro Reis