Séries Brasileiras da Netflix que Merecem uma Chance
Acredito que todo mundo já assistiu Netflix, né? Se você nunca, por favor vamos esclarecer de qual planeta veio. Certamente a Netflix é o maior nome no mundo dos Streaming e não há quem discorde. Afinal, foi após o grande sucesso da marca que outras empresas de plataforma foram surgindo e ganhando espaço no mercado.
Dessa forma, sua maneira de criar conteúdo foi uma novidade para o público e para os produtores, que nela detém maior poder sobre suas obras. Como resultado, já causou alguns problemas para a dona Netflix, Alô, polêmicas 13 Porquês e Portas dos Fundos.
Como uma marca que está em quase todo o planeta, excluindo China, Crimeia, Coreia do Norte e Síria. Assim, há uma necessidade de adequar seu catálogo por país para agradar aquele público em específico.
Sendo assim, o marco inicial das produções Netflix nas séries brasileiras foi com 3% – uma distopia futurística gravada em São Paulo, que teve um grande jogo de marketing e foi finalizada na quarta temporada.
Assim, pensando em prestigiar nossas produções, aqui vai a minha lista: Séries Brasileiras da Netflix que Merecem uma Chance.
Onisciente
A primeira da Lista de séries brasileiras é Onisciente, obra do mesmo criador de 3%, Pedro Aguillera.
Ela conta a história de Nina Peixoto (Carla Salles) uma jovem trainee da empresa de tecnologia — Que dá o nome da série. Seu Slogan é sobre garantir segurança sem tirar a privacidade, utilizando se drones pessoais mas que outros humanos não tem acesso, por exemplo.
Crescendo dentro desta cidade vigiada, Nina acredita realmente neste sistema como a melhor versão de mundo. No entanto, isso muda quando seu pai é assassinado, e falhas no sistema lhe impedem de ter um encerramento. Enfim, é a jornada de Nina para burlar o sistema para descobrir a verdade sobre seu pai que nós acompanhamos no programa.
Assim, é interessante ver esse futurismo sendo criado a partir de coisas tão atuais como Startup, licitações, segurança X Privacidade. Pois, apesar de escolherem até a fotografia da série para dar a sensação de irreal, o como é criado o “universo” é bem possível de acontecer se pararmos para pensar.
Coisa Mais Linda
É a Coisa Mais Linda a ser vista. Se passando nos anos 50/60 traz o contexto musical do início da Bossa Nova e o foco principal o espaço das mulheres na sociedade da época. Essa história inicia seguindo Malu (Maria Casadevall) que ao se mudar para o Rio, descobre que o marido fugiu com todo seu dinheiro. Sendo assim ela tem duas opções: aceitar a derrota e voltar para a confortável mesmice, ou tentar sozinha conquistar seus sonhos.
Nessa sua jornada ela reencontra Lígia (Fernanda Vasconcelos), sua amiga de juventude que tem um padrão de vida próximo do seu. Mas com um marido político e troglodita que acredita que mulheres não devam trabalhar e que lhe impede de seguir seu sono de de tornar cantora. Também conhece Adélia (Pathy DeJesus), uma mulher negra, da periferia, que trabalhava duro para criar a filha e ajuda Malu num primeiro momento e Theresa (Mel Lisboa), uma jornalista feminista recém-chegada da França com um bom marido e uma relação desconstruída.
Dessa maneira, às quatro juntas vão passar por diversas situações boas e ruins, e mostrar a incrível capacidade da sororidade em nossas vidas.
Leia Mais: Coisa Mais Linda | 5 Erros Inaceitáveis Da 2 Temporada
Sintonia
A obra tem como idealizador Korand Dantas, o KondZilla, que ficou famoso produzindo clipes de funk no YouTube. A ideia surgiu quando ele era um adolescente morador de favela e queria contar a realidade das pessoas que o cercavam.
Então ele nos trouxe a história de Rita (Bruna Mascarenhas), Doni (Jottapê) e Nando (Christian Malheiros). Esses três amigos que cresceram juntos e que tem que enfrentar a vida e a importância que a música, igreja e criminalidade dentro das favelas de São Paulo tem para formação deles. Enquanto Doni tem uma vida de playboy da comunidade querendo ser músico, Nando entrou no crime cedo para ter melhores condições e Rita vê na igreja uma salvação de seus problemas.
Além disso, a série trata os três ganchos, suas interligações e contrapontos com franqueza, dignidade e sem apologias. Apresentando a subcultura das favelas de forma a criar compreensão e identificação.
Samantha!
Samantha! Samantha(Emanuele Araujo)
A comédia brasileira da Netflix é estrelada pela atriz Emanuele Araújo como a personagem título, uma ex-celebridade mirim que não consegue se desapegar da fama de quando criança. Mesmo que agora adulta tenha dois filhos — Cindy (Sabrina Nonata) e Brandon (Cauã Gonçalves) crianças maduras demais. Além de Dodói (Douglas Silva), um ex-marido jogador de futebol e presidiário.
Apesar de seu formato de Sitcom e se apresentar deste modo, a série traz um tom melodramático em alguns pontos e várias críticas sociais. Principalmente a busca da fama — seja aos personagens da tv dos anos 80 ou aos midiáticos da internet.
Além disso, com personagens politicamente incorretos, a série não peca em defesa do mau-caratismo. No lugar de jogar essas situações na cara do telespectador, deixa claro o absurdo da conduta sem forçar um posicionamento.
Confira a crítica completa da primeira temporada de Samantha!
Bom dia, Verônica
O suspense policial é uma adaptação do livro Homônimo que tem como um dos criadores Raphael Montes. O que já diz muito sobre a qualidade, né?
A série tem como protagonista Verônica (Tainá Muller), uma escrivã de polícia de São Paulo. Como consequência de ser testemunha do suicídio de uma vítima desacreditada de estupro, decide por si mesma resolver esse caso. Entretanto, a vida dela complica quando Janele (Camila Morgado), que sofre violência doméstica, lhe denuncia o marido como um serial killer de mulheres.
O programa apesar de o ritmo rápido e trazer explicações para um lado mais fantasioso, como uma seita, aborda temas muitos importantes como a corrupção, o machismo e a violência, mas de forma clara.
A Série traz uma leitura importante sobre a violência doméstica, pois apesar de mostrar a física apresenta um contexto ainda mais amplo. Por exemplo, o isolamento familiar e as micro agressões que anulam o parceiro, mas que mesmo assim em muitos casos não são considerados como uma violência.
Em conclusão, a série pode ter alguns problemas com sua adaptação ao deixar muitas perguntas em aberto ou a transformação da protagonista em uma heroína. No entanto, isso esta longe de ser motivo suficiente para não indicar o programa. Sendo assim, apenas questões que devem ser corrigidas na segunda temporada já confirmada.
Ademais destas séries brasileiras que são apenas algumas produzidas pela própria, existem uma variedade enorme de obras. Como por exemplo “Hoje Eu Quero Voltar Sozinho, o documentário ‘Democracia em Vertigem’ e especial de comédias como ‘Lugar de Mulher’.
Enfim, se julgam que esqueci de citar alguma das séries brasileiras, comentem aqui!
Eu mesma vou começar agora Cidade invisível que estreou essa semana e fala sobre o folclore brasileiro, por exemplo.
Revisado por Leandro Reis
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