Crítica: Velozes e Furiosos 10 é o início do fim?
O décimo longa de Velozes e Furiosos estreou em maio, e fez a maior abertura de bilheteria de 2023, no Brasil, com 1,96 milhão de espectadores.
Mas, depois de quase 20 anos da estreia do primeiro filme, pode ser que a franquia esteja sinalizando a proximidade com o fim. Pelo que já se sabe, o filme abre espaço para mais duas produções, (com estreias para 2025) mostrando que a ideia talvez seja construir um encerramento para a saga.
E qual o enredo de Velozes e Furiosos 10?
O décimo filme da série é o último da nova trilogia (Velozes 8, 9 e 10) e mostra o vilão Dante (Jason Momoa) em busca de vingança por seu pai, Hernan Reyes (Joaquim de Almeida), morto no quinto filme da sequência.
Dessa maneira, seu objetivo se torna destruir tudo, e todos, que Toretto (Vin Diesel) ama.
Um Pouco mais sobre a conexão entre Operação Rio e o Décimo Filme
No entanto, apesar da premissa interessante, o longa não está muito preocupado em mostrar acertos na ordem cronológica. Pelo contrário, é mais um capítulo que não tem muito sentido no desenrolar da trama. Isso é evidente quando analisamos a quantidade de flashbacks do quinto filme, o Operação Rio. Em determinados momentos, o espectador fica em dúvida sobre o que está acontecendo ou já aconteceu.
Além disso, apesar desse filme estar diretamente ligado ao quinto, para quem não acompanhou toda a saga, pode ser difícil de entender certas tiradas internas, menções a outros personagens ou até a eventos anteriores. Então, uma dica é ver ou rever Velozes e Furiosos: Operação Rio antes de conferir o décimo lançamento da franquia. Isso pode facilitar bastante o entendimento da trama.
O novo filme tem acertos?
Sim! Um deles é o carisma do elenco (que conta com nomes fortes, como Vin Diesel (Guardiões da Galáxia), Brie Larson (Capitã Marvel), Charlize Theron (Mad Max: Estrada da Fúria), Jason Statham (Carga Explosiva) e outros. Além disso, ainda, é um filme que prende facilmente a atenção do público, seja pelas explosões, ou pela ótima atuação dos atores.
E é justamente sobre atuação que, talvez, esteja o maior acerto do filme: escolha de Jason Momoa (Aquaman) como um dos vilões mais letais da franquia. Disparadamente, o ator encenou um dos melhores papéis de sua carreira, deixando transparecer traços de psicopatia pertinentes ao seu personagem.
O que dizer sobre a Direção, o CGI e o jogo de cenas?
A ideia do filme é manter a mesma linha dos filmes anteriores, principalmente com as cenas de ação e os efeitos regados em CGI. Mas, o diretor Louis Leterrier pode ter se perdido um pouco em mostrar os pontos positivos da produção. Muitos cortes bruscos e rápidos de cenas e focos de câmera constantemente sem motivo aparente que não servem nem para criar o clímax. Esses detalhes fazem com que a carga de informações dada ao espectador seja até mais cansativa do que o esperado para qualquer filme de ação.
Diferente do nono longa, Velozes e Furiosos 10 conta com mais lutas corporais e mais sequências de CGI, que também nunca foi o forte da franquia. As corridas e os rachas de carros perderam, ainda mais, o lugar que tomavam nos primeiros filmes da narrativa.
Dito isso, o que devemos esperar do longa?
CGIs falhos, cenas cansativas, e a mesma ‘receita de bolo’ que a indústria gosta de explorar são o carro chefe do décimo filme. De fato, é mais uma produção que bebe diretamente de um enredo fraco e que se agarra mais às boas atuações do que à (falta de) história em si.
Apesar dos tropeços, Velozes e Furiosos 10 vem para corrigir diversos erros do seu antecessor, deixando o público levemente ansioso para um possível desfecho.
E você, o que achou? Conte para a gente nos comentários!
1 Comment
Sempre fico pensando se vale a pena voltar a ver os filmes dessa franquia… Pelo menos esse parece ter alguns pontos positivos mesmo!