Você já ouviu a palavra de Toy Story 4 hoje?
Toy Story 4 vem nove anos depois do seu último lançamento, quem não assistiu aquele filme e pensou que seria a última vez que veria aqueles personagens no cinema? Me lembro de chorar igual criança, mas bem estávamos errados.
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Enredo e Essência
Toy Story 4 mantêm a essência dos filmes anteriores alternando entre gerar risadas e lágrimas nos telespectadores. É capaz de agradar todos os públicos desde crianças a adultos que ainda se lembram como era ser criança. Nesse filme reencontramos Bonnie e a conhecemos um pouco melhor, ela está prestes a começar no jardim de infância e por ter muita dificuldade de fazer amigos na escola cria o “Garfinho”.
“Garfinho” se torna seu melhor amigo brinquedo instantaneamente, e se formos entrar em questões de simbologia faz todo sentido. Quem seria o melhor amigo de uma criança que se sente desajustada na escola? Um talher descartável que não pensava ser feito para ser um brinquedo, como a Bonnie sentia ser seu caso sobre a escola.
Símbolos e Significados
Ao mesmo tempo, Woody vem passando por momentos complicados, ao contrário de com o Andy, ele não é um brinquedo favorito, mas uma vez vemos uma mudança no Woody, mais um crescimento para o personagem, que é um dos meus pontos de destaque. A forma como o filme aborda a rejeição é muito inteligente e profunda. Mesmo não sendo o brinquedo favorito de Bonnie, Woody mantêm suas convicções e luta para proteger “Garfinho” dele mesmo e de qualquer adversidade.
Além do “Garfinho” somos apresentados a outros personagens como o “Duke Caboom”, “Patinho”, “Coelhinho”, entre outros. Todos esses muito bem introduzidos e responsáveis por grande parte dos momentos cômicos.
“Betty” e o Movimento #Metoo
Mas meu destaque vai para “Betty” que retorna completamente diferente, muito provavelmente por conta do movimento #Metoo e as inúmeras denúncias contra John Lasseter, o fundador do estúdio. Era de se esperar que a Pixar mostrasse seu posicionamento nesse filme.
Betty, o antigo par romântico do Woody, volta empoderada e independente, com uma história e personalidade própria. Ao contrário dos primeiros filmes ela não está ali para ser salva, mas para salvar Woody e qualquer outro brinquedo que precise.
Apesar do movimento ter influenciado esse posicionamento, dá para perceber pelo enredo que a história já estava na mente dos criadores. Não é a toa que ela não apareceu no último filme e nem teve sua história explicada. Enfim, o filme conta como ela deixou o Andy e como se tornou esse brinquedo livre.
Vê-la junto com Woody de novo, tendo falas reais e mais embasamento foi sensacional. Uma crítica que eu faço ao filmes é aos gráficos, Betty está muito diferente da original, Andy também. O que pode ser explicado pelo avanço da tecnologia, mas ainda assim é um pouco estranho. Mas com exceção disso o filme todo está impecável.
Toy Story 4, apesar do que eu pensava, tem razão de existir e se justifica pela história que conta. É um filme sobre lealdade, rejeição, mas principalmente sobre aceitar a felicidade quando nos é oferecida, ainda que pareça errado.
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1 Comment
[…] inclusive a minha, o que explica um pouco da expectativa e do medo em torno de Lightyear. Depois de Toy Story 4, que já foi uma adição não esperada, existia uma certa incerteza e medo de como uma história […]