007 Sem Tempo para Morrer | É realmente o fim de James Bond?

007 Sem tempo para Morrer já vem com uma premissa um pouco triste por ser a despedida de Daniel Craig do papel de James Bond. Começando o filme com a premissa de que esse é o encerramento da franquia, sentimos um friozinho na barriga. Fica aquele receio de qual será o fim dessa história. Mesmo sabendo que muito em breve uma nova franquia começará, não será a mesma coisa. 

Enfim, foram 14 anos de trabalho que renderam 5 filmes. E em toda franquia vemos Bond tentar se aposentar e viver com tranquilidade, e acabar por ser puxado de volta para isso, por algum motivo. Essa é a premissa que inicia Sem tempo para morrer, que foi feita como uma forma de amarrar todas as pontas soltas da história, encerrando esta era de Daniel Craig. 

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Pontos Altos dessa despedida 

 Além de fechar as tramas em aberto, o filme também se destaca pelo elenco. 007 — Sem Tempo para Morrer traz um elenco cheio de referência e expressividade, o que foi um elemento chave para esse encerramento. Além de Craig, a produção contou com Lea Seydoux, que revisitou seu papel como Madeleine, que também esteve em Spectre. Ralph Fiennes, como M, chefe da organização secreta a qual Bond faz parte. E com personagens novos, Rami Malek, como o antagonista e Lashana Lynch, como uma nova agente 00. 

Daniel Craig nesse papel entrega um James Bond não apenas habilidoso, resistente e sedutor, mas também um personagem envolvido com seus sentimentos. Dessa maneira, o que vemos em 007 Sem Tempo para Morrer é a virada final do desenvolvimento que o personagem construiu ao longo de toda a franquia. 

Mas faz jus à franquia? 

O filme não decepciona quanto ao quesito de manter a tradição dos elementos clássicos. Icônicas fugas do Bond aliadas a acessórios tecnológicos descolados são o que há de mais característico desse personagem e você vai ver tudo isso. O desenrolar em camadas prende a atenção do telespectador e mantém o clima de tensão de um bom filme de ação. Aos poucos, vamos descobrindo cada detalhe e segredos que nos trazem entendimento geral, não apenas para a trama desse filme, mas também para acontecimentos dos anteriores. 

Dessa forma, eu avalio o filme como muito bom, ele é divertido e fácil de assistir, apesar de ser o mais longo da franquia com 2h e 43 min de duração. Sem contar que o encerramento para o personagem foi digno e coerente com tudo que foi construído nas obras anteriores. No geral, ele se alinha bem com a proposta dos filmes de espionagem e da própria franquia do 007. 

Os clichês continuam

Entretanto, existem algumas coisas clichês relacionadas ao gênero de ação com tema de espionagem. Como constantes explosões, tiroteios, fugas alucinantes com carros velozes e sempre uma oportunidade de usar um terno. Sem dúvida para muitos são elementos essenciais, porém que podem soar repetitivos e mais do mesmo para algumas pessoas. 

Particularmente o que eu acho mais legal em filmes de espiões são os dispositivos tecnológicos que fazem de tudo. O clássico carro do agente, que tem mil e uma utilidades, se faz presente neste capítulo final, ele é quase um personagem à parte e não podia faltar. Além disso, a quase imortalidade do personagem principal, garantida pela habilidade dele em sair de situações letais das mais impensáveis, é um dos pontos altos. Em suma, James Bond é um perfeito exemplo de personagem que nos faz acreditar no impossível. Quando achamos que acabou, que ele não vai conseguir, nosso herói dá um jeito e escapa de mais uma saia justa. 

Por esses motivos, é tão difícil acreditar que este filme será realmente o fim. Mas por um lado, ele representa apenas o encerramento de mais um ciclo do 007, abrindo as portas para novas versões do personagem. Dessa maneira, mesmo dizendo adeus a Daniel Craig nesse papel, em breve veremos esse personagem sobreviver, na pele de outro ator. 

Ansiosos para ver 007 Sem tempo para morrer? Se você já assistiu, me conta nos comentários o que você achou do filme? O Daniel Craig é seu Bond favorito?