Crítica | Malévola 2: Dona do Mal “A história se tornou lenda”
Olá, praga leitores! Chegando nas telonas no dia 17/10, Malévola 2, o novo filme de uma das bruxas mais poderosas do universo Disney apresenta um filme colorido, tentando equilibrar com um tom mais obscuro, tanto na narrativa quanto na fotografia.
Assim, somos posicionados cinco anos no futuro, após os eventos do primeiro filme. Novamente, Malévola caminha sob a linha tênue que diferencia um herói de um vilão. Tudo dependerá de suas escolhas.
“Isso não é um conto de fadas”
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Nenhuma maldição vai me afastar de você
Os eventos do primeiro filme se espalham como uma lenda entre os humanos, porém não da forma como ocorreram. O que se sabe é que Malévola colocou uma maldição em uma jovem princesa e atacou os humanos. Algo próximo da versão original.
Aproveitando a deixa do primeiro filme, o príncipe Phillip (Harris Dickinson) pede Aurora (Elle Fanning) em casamento. O que eles não esperavam era que a junção de dois reinos, o humano e o das fadas, pudesse ter tantos empecilhos.
Dessa forma, envolvidos em uma trama ainda desconhecida, Malévola (Angelina Jolie) se vê pressionada pela Rainha Ingrith (Michelle Pfeiffer) num jantar oferecidos pelos pais de Phillip para celebrar o casamento. Sendo assim, Malévola acaba destruindo uma possível aliança entre os dois povos e em uma saída digna da personagem, deixa o castelo.
Não estrague minha manha (Spoiler neste tópico)
Malévola 2 apresenta, ainda que de forma rasa, a origem de Malévola. Conhecemos uma raça quase extinta pela humanidade, isolou-se do mundo, vivendo secretamente em um ninho subterrâneo.
Dessa maneira, tendo em vista que este encontro não ocorreu por acaso, Malévola é obrigada a escolher se deve, ainda que através de uma guerra contra os humanos, ajudar seu povo a recuperar sua liberdade, ou retornar para Aurora.
Ora, ora
Assim, o filme levanta discussões interessantes, como o respeito pelo outro, projetado na relação entre fadas e humanos em uma possível trégua. Além disso, temos um envolvimento maior na relação entre Aurora e Malévola, ainda que seja mais para o final.
Outro ponto interessante é a relação entre os personagens. É interessante observar o papel de cada um no desenvolvimento da trama. Só é uma pena que muitos deles não tenham sido bem utilizados e nem tenham apresentado uma evolução significativa, o que deixou boa parte do filme sob responsabilidade da própria Malévola.
Algo fácil de sustentar, visto o impacto que ela causa. Ainda assim, desestimula um pouco o telespectador, já que o tempo de tela é dividido entre ela e outros personagens. O único equilíbrio está entre Malévola e a Rainha Ingrith, principalmente em seus embates.
Sei que seus tipos concordam
Ainda que o filme tenha se dividido entre momentos coloridos e bem humorados e outros mais sombrios, o diretor Joachim Rønning (Kon-Tiki) conseguiu trazer algo que alguns já sentiam falta, a magia Disney.
Temos um final muito próximo do que era comum nos clássicos dos estúdio, algo que pode ser bem recebido, principalmente pelo público infantil, mas que não foi tão bem recebido pelo resto do público, como evidencia a nota de 47% no Rotten. Enfim, ainda que a nota e a recepção no Rotten não seja das melhores, Malévola 2 levanta questões interessantes e é bem animador para os que buscam aquela essência Disney.