Ventus Ilha das Trevas: Uma leitura leve e agradável para amantes de fantasia
Para os amantes de fantasia que buscam uma leitura leve e diferente, recomendo Ventus Ilha das Trevas. Esse livro foi uma bela surpresa, tanto pelos detalhes estéticos quanto por sua narrativa interessante.
Embora disponível apenas em formato e-book, Giovana D. Fagundes, a autora, não poupou esforços para nos apresentar essa história da melhor maneira possível. O livro inclui um mapa ilustrativo do universo, nos ajudando a compreender melhor a magnitude desse mundo. Mas as surpresas não param por aí.
Da capa ao template usado em cada início de capítulo, destacando as folhas de outono como símbolo dessa história, deixaram a experiência de leitura ainda mais agradável. Aliás, esses não são os únicos ou principais acertos dessa obra.
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Qual a história do livro?
Inspirando-se em muitas histórias de fantasia que amamos, como Harry Potter, Percy Jackson e Game of Thrones, Ventus Ilha das Trevas cria um universo complexo e repleto de aventuras.
Nele, conhecemos Lucy Evans, uma garota normal que têm como sua única família uma avó e dois amigos tão desajustados quanto ela. Nossa protagonista não se sente especial ou diferente dos outros adolescentes, mas tudo muda quando ela descobre ser uma princesa de um reino de outro mundo.
A partir dessa descoberta, Lucy não pode mais seguir sua vida como antes e parte numa missão para salvar seu mundo de origem da tirania. Guiada por seu mestre Thor e acompanhada por seus dois melhores amigos, Sara, uma bruxa promissora, e Roger, um humano para lá de atrapalhado, nossa personagem principal enfrenta muitos desafios e perigos.
Primeiro volume da série dos Cinco Reinos, a trama é uma introdução divertida ao universo e aos personagens. Embora peque um pouco no excesso de informações, no geral, deve agradar bastante os fãs de fantasia.
Vale a pena ler?
Para quem gosta do gênero, definitivamente sim. A escrita da autora é leve e fácil de se deixar levar, ideal para um público juvenil, o que parece ser a proposta. Já que nossos três protagonistas são adolescentes e bastante carismáticos.
Lucy, nossa protagonista, por exemplo, é determinada e valoriza a amizade de Sara e Roger com todas as suas forças. O mesmo podemos dizer dos dois, que equilibram a história trazendo um potencial clima de romance, que promete muito nos próximos livros.
No entanto, em alguns momentos pode ser um pouco desafiador não se irritar com suas atitudes, mas como eles são adolescentes e crescem muito na narrativa, esses erros e atitudes questionáveis podem ser facilmente desconsiderados.
Outra crítica que deixo é em relação às referências explícitas a outras obras, é bastante legal identificar as inspirações da autora, mas em alguns momentos essas referências tiram o foco da história que estamos lendo. Como o uso do nome Lannister ou o termo Lorde das Trevas, que podem reduzir a originalidade da história e desagradar alguns leitores.
Por outro lado, o destaque vai para a criação de um universo complexo e interessante, que, no entanto, poderia ser melhor introduzido. Com a presença de bruxas, lobisomens e mais, a riqueza de elementos pode tornar a assimilação um pouco difícil para o leitor.
Apesar disso, a leitura flui de forma divertida. A história é cheia de aventuras, tensão e momentos cômicos. Além disso, dinâmica do quarteto é bem explorada, equilibrando bem a jornada inesperada e perigosa que eles enfrentam.
O que esperar da sequência?
Com um final dramático, a sequência precisará abordar a fundo as consequências das ações de Lucy. Podemos esperar um livro mais maduro e cheio de conflitos, explorando o impacto das suas atitudes em seus amigos e no mundo que ela pretende salvar. Mal posso esperar para ler a continuação!
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