Verde é um bom modo de ingressar na Poesia
Olá Turners, vocês curtem poesia? Esses dias em uma breve viagem de metrô eu li Verde, livro que contém os poemas de Carolina Lobo, lançado pela Editora Sinna. E, apesar de rápida, a leitura conseguiu me transmitir sentimentos e emoções que são, para mim, o ponto fundamental de uma boa poesia.
Narrando o ciclo do amor, desde se apaixonar até a reconstrução após o fim, o livro se divide em 7 partes. Contados crescentemente e com cada poema datado, o leitor acompanha o crescimento desse relacionamento e se sensibiliza pela forma com que ele atinge a autora. Quem nunca se apaixonou, viveu esse amor, sofreu por ele e depois teve que lidar com essas lembranças?
Também é interessante descobrir por que é intitulado Verde e por que a cor é importante para a trama – de forma que constroem uma bela composição do título, imagem principal e coloração do livro. Além disso, a imagem central da árvore ainda ganha um significado na diagramação da obra em cada parte.
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Entretanto, há dois pontos que quebram o ritmo da leitura: a poesia concreta e a em inglês. Enquanto a feita em inglês fica restrita a quem sabe essa outra língua, a poesia concreta, até mais que a poesia em verso, é difícil de ser apreciada pelo público pelo seu formato não convencional, mais ligado ao visual.
De forma a nos fazer emergir do local de sentimento que estávamos com os outros para tentar compreender o que a autora quis dizer, ou pior, imaginar se o que não compreendemos nos fará falta no quadro completo. No entanto, apesar de incômodo e chato, não estraga a experiência como um todo.
Ademais, o livro Verde é uma boa pedida, fácil e tranquilo para qualquer momento. Transformou minha viagem de 30 minutos, cheia de ansiedade, em um leve e aconchegante momento. Perfeito para quem não tem costume de ler poesia!
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