Crítica | Abigail e a Cidade Proibida “A Revolução”
Abigail e a Cidade Proibida nos apresenta a realidade de uma cidade cercada por muros, protegidos de uma epidemia desconhecida. Além de serem privados da liberdade, essa sociedade é governada com mão de ferro por um grupo militar.
Abigail Foster (Tinatin Dalakishvili) é uma jovem que anseia descobrir o destino de seu pai sequestrado pelo regime, após ter feito alguma descoberta importante o suficiente para incomodar os poderosos.
Assim, o enredo se desenrola dez anos após esse acontecimento, a partir do momento que Abigail começa a descobrir os verdadeiros motivos para o fechamento das fronteiras e do sumiço do seu pai.
Siga a fada
Dessa maneira, o longa russo é direcionado para o público infantil e tem uma pegada de Os Descendentes com potencial interessante. O filme visualmente entrega algo satisfatório. Tanto a fotografia quanto a ambientação dão uma cara muito expressiva para a obra.
O filme é ambientado num mundo steampunk, com um toque pós apocalíptico, graças ao isolamento da cidade. Para ajudar nessa composição, temos uma gama de efeitos interessantes, além do figurino que ajuda na composição dos personagens. Porém, não podemos estender isso a fada. Podemos ver claramente que ela se destoa dos outros efeitos em CGI em termos de qualidade, nos lembrando do CGI do início dos anos 2000.
Assim, cabe também um destaque a trilha sonora, que torna as cenas mais expressivas e interessantes.
A revolução
A trama escrita pelo diretor e roterista Aleksandr Boguslavskiy (Mentes em Jogo) não aprofunda seus personagens, o que nos deixa perdido quanto a suas motivações ou funções dentro da trama.
Além disso, temos uma tentativa de enquadrar a personagem principal na famosa estrutura do caminho do herói, mas como não temos um desenvolvimento elaborado de Abigail, sentimos que ela segue a maré do enredo. O que deixa uma aparência de desleixo quanto ao roteiro.
Dessa forma, a sensação que fica é de que algo ficou faltando para completar a história. Apesar da proposta ser interessante, ela não desenvolve suficientemente os seus personagens e seus enredos. Por exemplo, os diálogos são superficiais e a dublagem torna esses problemas ainda mais evidentes.
As formas da Magia
É difícil acreditar ou mesmo torcer para que a história se desenrole. Enfim, a impressão que fica é que muita coisa foi cortada e o que ficou não passa de um jogo de quebra-cabeças com peças faltando. Apesar desses pontos negativos, o filme tem uma mensagem de fé e esperança, que apesar do excesso, pode ser capaz de agradar o público infantil.
Siga o túnel
Assim, o ponto forte do filme, como ficou evidente acima, está na caracterização dos personagens, valendo um destaque para o pelotão militar mascarado, responsável por encontrar infectados na cidade. Eles usam trajes pretos de inverno, além de capacetes dourados com traços negros.
Ainda que boas imagens não salvem um filme, pode servir para despertar o interesse de seu público infantil.
Enfim, já assistiu Abigail e a Cidade Proibida? Gostou? Comenta aqui embaixo!
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