Crítica I Dungeons & Dragons é uma bagunça divertida
Turners, esse título, apesar do que possa parecer, não é uma crítica negativa a Dungeons e Dragons, porque acredito que a alma do RPG de mesa seja exatamente isso. Talvez para quem não está acostumado às altas doses de caos, azar e improviso que permeiam ao um grupo reunido para jogar Role-Playing Game, pode parecer um tanto forçado. Mas para quem já criou e viveu seus personagens, ficando a mercê de um mestre e seus obstáculos inesperados, vai se sentir certamente honrado por esses ladrões, que cumprem a missão complicada de trazer a essência do RPG para a tela.
Sobre o que fala o filme?
Dungeons & Dragons: Honra entre Ladrões tem a história centrada no bardo Edgin (Chris Pine) que, para conseguir salvar sua família, precisa encontrar uma relíquia mágica. Para isso, ele reúne uma equipe formada por sua amiga, e também fugitiva, a bárbara Holga (Michelle Rodriguez), a druída Doric (Sophia Lillis), o mago Simon (Justice Smith) e o paladino Xenk (Regé-Jean Page). Para encontrar essa relíquia, eles precisam derrotar o exército de Forge (Hugh Grant) e da feiticeira Sofina (Daisy Head).
Como em uma clássica sessão de RPG, o filme retrata uma grandiosa campanha, separada em arcos, onde é necessário enfrentar pequenas missões até chegar ao gran finale.
É bom mesmo?
Apesar do universo megalomaníaco e cheio de possibilidades para os fãs da computação gráfica, o foco do filme é certeiro: os personagens. Essas personas diferentes entre si, com imensos defeitos e idéias questionáveis, mas que tem um objetivo em comum. Vão certamente te encantar, tanto por quem são, mas por quanto precisam evoluir para conquistar o que buscam.
Além disso, os efeitos especiais, a ambientação, o figurino e a fotografia produzem uma atmosfera incrível. Junto da escolha de elenco, pois o histórico dos atores trouxe a “vibe” que os personagens precisavam. Nesse ponto, não tenho nada a reclamar, mas obviamente, não é perfeito. Uma das coisas que mais incomoda é como o filme pesa a mão nas piadas sem graça, por exemplo. Porém, apesar disso ser certamente um erro, o restante foi bom para valer a experiência. Principalmente se você for um fã de D&D ou se você não levá-lo mais a sério do que ele se propõe.
No entanto, tenho que confessar, que o momento que mais vibrei em todo o filme foi a minúscula participação dos personagens de Caverna do Dragão. Inclusive, me fez sentir tanta saudade que cheguei em casa e fui atrás de rever alguns episódios. Então, se você ama Caverna do Dragão certamente deveria conferir o filme também!
Mas e vocês, caros leitores, já assistiram? Que face de um D20 esse filme merecia levar?
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