Pérola, o novo filme brasileiro, que você precisa ver
Sendo você fã ou não do cinema nacional, vale a pena dar uma chance a Pérola, o novo filme brasileiro que veio aí para emocionar mães e filhos. Baseado na peça do já falecido Mauro Rosi, a comédia dramática é o segundo longa do diretor Murilo Benício, e vem contar uma história sobre luto e memória, que apesar de ser de Mauro, poderia ser de qualquer brasileiro. Isso porque mais do que tudo é uma história sobre família, crescimento e amadurecimento.
No filme, Mauro (Gustavo Machado), após descobrir do falecimento da sua mãe, retorna para a sua antiga casa em Bauru e revive os altos e baixos da sua família. Assim, conhecemos a história de uma mãe brasileira de classe média a partir da perspectiva do seu filho, que agora mais distante enxerga tudo com mais carinho e compreensão.
Cheia de manias, espirituosidade e senso de humor, Pérola pode não parecer com sua mãe, mas com certeza vai te lembrar de alguém. Por isso, espere um filme especial e genuíno que definitivamente vai despertar muitos sentimentos em você, como a peça fez anos atrás.
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O filme mantém a essência da peça?
Sim, ainda que alguns acontecimentos tenham mudado para que a história funcionasse melhor no cinema. No fim, o principal objetivo de todos os envolvidos foi criar um filme que respeitasse a essência e qualidade da obra original, o que parecem ter feito muito bem.
Para quem não conhece a peça, Pérola foi escrita e dirigida por Mauro Rasi, e esteve em cartaz na década de 90 em diversas cidades brasileiras. O espetáculo trouxe nomes como Vera Holtz e Sérgio Mamberti, além de ter ganhado montagens internacionais. Ademais, pela excelência do seu texto, recebeu 18 prêmios das 19 indicações que participou. (Via Marra Comunicação)
Portanto, não é difícil entender a preocupação da equipe e dos admiradores do trabalho de Mauro quanto a adaptação. Porém, para os preocupados, vale dizer que tanto Murilo Benício quanto Adriana Falcão conheceram o autor, o diretor inclusive assistiu à peça, e usaram essas experiências para garantir que a essência não se perdesse na adaptação.
Ainda que a forma e alguns acontecimentos tenham mudado, Pérola é um filme que Mauro Rasi muito provavelmente se orgulharia de fazer parte. Com muitas cores e bastante inspirado no cinema de Almodóvar, a adaptação vem homenagear o legado deixado por um autor que, infelizmente, se foi muito cedo. Uma perda que os admiradores de teatro sentem até hoje e que podem agora celebrar em outro formato.
O que mais faz o filme valer a pena?
Além do material original, é impossível não elogiar o trabalho de Murilo Benício e de Drica Moraes. O primeiro se destaca por conseguir conduzir o elenco quanto aos seus personagens com a maior liberdade possível. No set não houve gritos ou dinâmicas enlouquecedoras, Murilo, por ser originalmente ator, traz essa experiência para sua direção criando um processo natural, eficaz, e que funciona nas telas.
Ainda que o filme possa ser confuso em alguns momentos, por sua estrutura não linear, não é nada que realmente atrapalhe a conexão e identificação com a personagem principal. Pois Pérola não é sobre razão, mas sobre nossos sentimentos e nossas relações com nossas próprias mães. Sentimentos que surgem em tela muito bem, tanto pelo ótimo texto de Adriana Falcão, quanto pela performance incrível de Drica Moraes.
Sendo assim, o longa consegue nos impactar mostrando que, ainda que essa mãe esteja longe de ser perfeita, ela é sublime, única e insubstituível exatamente por ser quem é. Tudo isso mostrado pelo carisma encantador de Drica somado a um ótimo trabalho do restante do elenco, que constrói uma família interessante e super identificável.
Pérola já está em cartaz nos cinemas brasileiros desde o dia 28 de outubro. Quanto mais cedo vocês assistirem, melhor, porque isso influencia diretamente no tempo que o filme ficará em cartaz, tá bom?
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