Peça sobre Brás Cubas traz um olhar a respeito da formação do povo brasileiro

Se você é amante de Teatro, com certeza vai querer saber sobre a última produção da Armazém Companhia de Teatro. A peça Brás Cubas, baseada no livro de Machado de Assis, Memórias Póstumas de Brás Cubas, esteve em exibição no Centro Cultural Banco do Brasil do Rio de Janeiro até dia 01 de outubro, exibição que na minha opinião deveria se estender para ainda mais pessoas poderem se encantar com essa obra de arte. Quem sabe né, nos resta torcer!

Mas para quem não conseguiu assistir, fica comigo aqui que te conto tudo!

Qual é a premissa da História?

Em Brás Cubas, vemos o defunto que intitula o nome da peça e do livro de Machado, contar suas memórias de vida. O que ele o faz de forma crítica, ácida e muito perspicaz. A princípio o pano de fundo é o Brasil do século XIX e as questões morais, sociais e humanas que permeiam o personagem principal, um homem branco da elite brasileira da época.

Na peça, vimos Brás ser interpretado por Sérgio Machado, que o vive da juventude a morte e Jopa Moraes como sua versão pós-morte, talvez sua alma que nos fala do além.

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A peça é boa?

A peça é criativa e, ao mesmo tempo, muito fiel ao material original. Dessa forma, conseguiu construir uma narrativa dinâmica, envolvente e interessante sem se perder da história e da essência do que Machado de Assis quis trazer em sua obra. Ao longo da apresentação ficaram muito claras as críticas as questões raciais e sociais do Brasil dos 1800, mas que também se aplicam a nossa atualidade. 

O elenco se revezou para desempenhar os papéis das pessoas que fizeram parte da vida de Brás, e o fez de maneira genial. As músicas, figurinos e cenário deram um tom inovador, enquanto mantiveram uma conexão simétrica com a época em que a história se desenrola. Vale dizer também que o acompanhamento de música ao vivo deu um toque muito especial e animado a peça.

Como assistir Brás Cubas?

Infelizmente, a peça não está mais em cartaz, porém, para obter mais informações, siga o perfil @armazemciadeteatro no Instagram. Afinal, quem sabe a peça volta, não é? E se acontecer você não vai querer perder, prometo!