7 Livros Clássicos que valem a pena ser lidos
Turners, turners, se você é um amante de literatura como eu, definitivamente vai amar essa lista! Aqui, separei sete livros clássicos que valem muito a pena ser lidos. Enfim, seja por sua história fantástica, crítica social ou reflexão, cada um desses autores me impressionou pela profundidade de suas obras, marcando minha vida e se tornando para sempre alguns dos meus autores favoritos.
Quer saber que livros são esses? É só vir comigo 👇
O Morro dos Ventos Uivantes
O primeiro romance é também o que me deu a ideia de escrever essa lista. Desse modo, inspirada pelo lançamento do filme Emily, o qual inclusive recomendo demais, senti a necessidade de semear a palavra do meu livro favorito de todos: O Morro dos Ventos Uivantes.
Escrito por Emily Brontë, em 1847, a obra foi fortemente criticada no período, só mais tarde ganhou o título de um dos maiores clássicos da literatura inglesa. Aliás, após a leitura, não é difícil entender tais críticas, com uma perspectiva à frente do seu tempo, Emily nos apresenta personagens pouco virtuosos, e que vão se tornando cada vez mais terríveis ao longo das páginas.
Assim, com uma escrita viciante e descritiva nos momentos certos, o livro nos faz refletir sobre a nossa própria humanidade. Ou seja, definitivamente não é um livro feliz, mas sua tristeza tão inerente a sua obra é uma das razões da sua grandiosidade! Apenas leia, vai valer a pena!
Jane Eyre
Também escrito por uma irmã Brontë, Charlotte, a obra Jane Eyre, publicada no mesmo ano de O Morro dos Ventos Uivantes, também quebra os conceitos da época, porém de uma forma completamente diferente da sua irmã.
Nesse romance, conhecemos uma protagonista fora dos padrões da época, descrita como feia e não disposta a aceitar as escolhas dos outros sobre a sua vida. Jane Eyre é de cara o tipo de personagem que admiramos, ainda que nem sempre aprovemos suas decisões.
Fiel a si mesma antes de qualquer coisa, o livro revolucionou o período. Tanto por proporcionar a diversas mulheres acolhimento e representatividade quanto por trazer esse assunto para discussão. Assim, permitindo que a voz feminina, tão apagada nesse período, tivesse a chance de vir a público.
Dom Casmurro
Claro que não poderia faltar um livro brasileiro nessa lista, Dom Casmurro, escrito pelo grande Machado de Assis, foi uma leitura feita para faculdade, que me encantou profundamente. Não só pela constante dúvida que paira sobre Capitu, mas pela forma completamente original que Machado narra essa trama.
Conduzida como um julgamento, assistimos enquanto lemos a versão de Bentinho, que acredita piamente ter sido traído por sua esposa, Capitu. Dessa maneira, somos apresentados constantemente com “provas circunstanciais” sobre essa suposta traição, e cabe a nós leitores julgarmos se ela é culpada ou inocente das acusações.
Entretanto, ainda que seja um “julgamento”, está longe de ser um justo, já que o ponto de vista das situações é sempre de Dom Casmurro, um Bentinho envelhecido e amargurado por tudo que acredita ter acontecido. Nem um pouco confiável, certo? Porém, ainda assim o livro nos prende em uma dúvida constante e desafiadora, que não perde a graça nem em uma segunda leitura!
1984
O próximo livro da lista também é de um inglês, 1984, de George Orwell, é um daqueles livros obrigatórios para nos fazer refletir sobre liberdade de expressão, controle e outros direitos básicos. Na obra, conhecemos uma sociedade distópica controlada pelo medo, caos e pela “constante” observação.
Para nos apresentar esse universo, Orwell escolhe um homem comum. Winston Smith não tem nada de muito diferente, como quase todos nessa sociedade, ele também é consumido pelo medo, sobre a crença de ser constantemente observado pelo Grande Irmão, não existe nenhuma liberdade ali. Não se pode sentir, pensar, ou até se expressar livremente, sendo até o idioma falado censurado.
Ainda que o medo seja forte, Smith decide lutar pela sua liberdade. Motivado por uma intuição que ele não consegue nem entender bem, vemos o protagonista passar a viver sua vida da maneira que deseja. Nos fazendo refletir sobre a importância da liberdade enquanto nos choca com como ela pode ser subjugada facilmente.
On The Road
O meu segundo favorito da lista é o controverso “On The Road“, também traduzido aqui no Brasil como Pé na Estrada. A obra escrita pelo norte-americano Jack Kerouac marcou várias gerações, sendo considerada a obra-prima da Geração Beat e uma grande influência para o movimento hippie.
Ainda que seja bastante memorável, o livro é famoso por dividir opiniões. Há quem o odeie e os que se encantam com a energia e necessidade de movimento dos personagens. Para os que estão no segundo grupo, como eu, a leitura gera uma identificação e contemplação tão incrível, sendo até difícil de descrever.
Cada parada é uma aventura, cada lugar leva a novas pessoas e para os seres de almas viajantes o encantamento é inevitável. Tendo a estrada como protagonista da trama, ela nos conduz pelas aventuras dos amigos: Sal Paradise e Dean Moriarty, que cruzam os Estados Unidos através das estradas, vivendo intensamente o momento e nos fazendo sentir como se estivéssemos com eles em cada aventura.
Mulherzinhas
Outro livro do século XIX e uma adorável surpresa, Mulherzinhas, escrito pela norte-americana Louisa May Alcott é um retrato muito interessante da sociedade americana daquele período. Nele, a vida gira em torno de quatro jovens irmãs amadurecendo e tentando encontrar seu lugar no mundo.
Com uma escrita envolvente, Louisa May Alcott nos conduz por uma trama sem grandes acontecimentos, mas que te prende mesmo assim. Por preferir abordar o cotidiano das meninas e desenvolvê-las como personagens, damos de cara com um enredo morno, mas que é o plano de fundo perfeito para conhecê-las.
Por as irmãs terem personalidades muito diferentes, vê-las interagindo e convivendo é uma das partes mais divertidas da obra. E por mais que o livro tenha coisas que não envelheceram tão bem, como a sua visão maniqueísta do mundo, ainda sim é impossível negar a universalidade da obra e seu papel em relação à liberdade feminina naquele período. Em resumo, na dúvida, leia e tire suas próprias conclusões!
Capitães da Areia
Para finalizar essa lista, nada melhor do que indicar um dos melhores livros brasileiros que já li. Capitães da Areia, do icônico Jorge Amado, traz como protagonistas um grupo de meninos em situação de rua, que tem a violência como a única saída para sobrevivência.
Dessa maneira, Jorge Amado se destaca por colocar um grupo tão marginalizado no protagonismo, mostrando que, diferente do que muita gente pensa, não são apenas bandidos, mas pessoas únicas com aspirações, sonhos e pensamentos próprios. É o tipo de livro que recomendo quando a gente quer sair um pouco da própria bolha e entender mais do nosso contexto social.
Com uma narrativa cativante e cheia de acontecimentos, Capitães da Areia conquista até os não chegados à leitura. No entanto, vale dizer que pode ser uma obra difícil de ler, Jorge Amado faz um retrato muito honesto sobre a pobreza e, por isso, não esconde acontecimentos cruéis e violentos que crianças como essas sofrem nas ruas diariamente.
Assim, chegamos ao fim da nossa lista, mas confesso que se pudesse ainda indicava mais um dez, porque selecionar só sete foi bem difícil. Então, se sentiu falta de algum livro manda aqui nos comentários, quem sabe ele não estava na lista antes do corte, não é? Comenta aí!
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