3 Filmes que iludiram as Millennials
Se você está na faixa dos 20/30 poucos anos e cresceu com a constante pressão de chegar aos 20 com trabalho estável, casa própria e carro na garagem, por exemplo, você vai entender muito bem do que eu estou falando. Só outros millennials podem entender a agonia de ouvir constantemente seus pais falando para você fazer um concurso público enquanto nosso único desejo é ter a carreira que crescemos vendo nos filmes da sessão da tarde. Mas a culpa é de quem?
De todos esses filmes maravilhosos (que vejo em looping sim) onde as protagonistas terminam com emprego dos sonhos, namorado perfeito e é claro, o clássico felizes para sempre.
Se identificou? Se sim, meu caro leitor, essa matéria é para você!
Já que falamos em sessão da tarde, vamos começar com ele mesmo, o famigerado número 1 da nossa lista, pode entrar:
De Repente 30 (2004) e a ilusão dos 30 anos
Disponível na Amazon Prime Video
O ano era 2004 e, para quem não se lembra bem, foi quando conhecemos nossa querida protagonista Jenna Rinks (Christa B. Allen). No auge dos seus trezes anos ela entra no armário lamentando os problemas e dramas da adolescência.
Então ela faz o que qualquer pessoa sensata faria e pede para se tornar adulta. Claramente ela não sabia o que estava pedindo, mas zero julgamentos porque ser adolescente não é fácil!
E assim, sem fada madrinha ou vira-tempo, ela acorda magicamente com 30 anos. Dessa maneira, pelos olhos de uma adolescente presa no corpo de uma adulta, o filme nos leva a acompanhar como seria a vida perfeita da Jenna (Jennifer Garner) de 30 anos. E põe perfeita nisso, a mulher conseguiu tudo o que sempre quis: trabalho dos sonhos, boy gato e popularidade, porém apesar de tudo isso Jenna não é realmente feliz, pois para alcançar essa vida dos sonhos teve que abdicar de muitas coisas como família, amizade e relações genuínas. Em outras palavras, a tal de vida perfeita era tudo menos isso.
No fim, se a Jenna adolescente presa no corpo da de 30 nos ensinou algo foi o quanto precisamos confiar nos nossos instintos, independente do que os outros julguem ser melhor ou pior. Afinal, foi sua espontaneidade que a fez se aproximar do seu melhor amigo, sua criatividade e proatividade que a fizeram conquistar a todos do trabalho.
Além do mais, foi sua vontade de viver e aproveitar cada momento que a fizeram perceber que tudo que ela sempre quis estava com ela o tempo todo e, pasmem, ela nem precisava esperar fazer 30 anos para conseguir.
Confira: 7 Lições para se aprender em 7 filmes adolescentes
Legalmente Loira (2001) e a meritocracia
Disponível na Amazon Prime Video e Telecine play
Se você estudar muito você chega lá. Aham, Cláudia, senta lá. Quem não se lembra da nossa querida Ellen Woods (Reese Witherspoon) tentando nos convencer que meritocracia não somente existe, mas desfila com salto alto e terninho rosa?
Ellen levava uma vida fácil e fútil, cheia de G l a m o u r o u s (canta com a Fergie menines) e, como uma boa garota emocionada, já estava planejando o casamento dos seus sonhos com Warner Huntington III, vulgo Alaric de The Vampire Diaries (Matthew Davis), até que um belo dia levou um fora do boy, Warner foi embora estudar direito em Harvard e a trocou por uma garota “mais inteligente”. Além de trocada ser chamada de burra? Aí já é demais, né?
Para Ellen foi, e ainda cega de amor (ou burrice para alguns), ela cria um plano brilhante para recuperar o boy e provar que também pode ser inteligente. Enfim, ela estuda bastante e, Deus lá sabe como (aaaachim privilégios), consegue passar para a tão sonhada faculdade.
Sarcasmos à parte, Legalmente Loira está na nossa lista porque entrar em uma faculdade não é fácil e nem todos conseguem somente pelo mérito, porém o filme queridinho dos anos 2000 veio de um jeito descontraído e divertido mostrar o machismo atuando na academia, veio para quebrar o estereótipo de loira burra e o da rivalidade feminina também. Além de deixar um aprendizado básico de nunca julgar os outros pelas aparências.
O Diabo Veste Prada e a Assistente que Lute
Ah! Aqui está ele. Outro responsável por glamourizar o mundo da moda. Assim como De repente 30, Como perder um homem em 10 dias e Os Delírios de Consumo de Becky Bloom, O Diabo Veste Prada nos leva a esse mundo das revistas e da moda, onde os estilos correm soltos assim como as fofocas.
Andrea Sachs (Anne Hathaway) é assistente da Editora chefe da tão aclamada revista Runway, Miranda Priestly (Meryl Streep). Acontece que Andy (como é chamada), não sabia nada sobre moda e somente aceitou o trabalho por conta do networking, afinal trabalhar com Miranda Priestly poderia abrir portas.
O único problema é… bem: Miranda, que é o próprio Diabo que veste Prada. A chefe é uma verdadeira praga e parece fazer questão de transformar a vida dos funcionários em um verdadeiro inferno. Trata a todos como capacho, sem a menor empatia ou respeito, e mesmo assim todos ao seu redor se esforçam ao máximo para impressioná-la sem receber crédito no final ou até um simples obrigada, como se ela fosse a própria Regina George. E quem mais sofre com isso são suas assistentes.
Quem aí não se lembra da chefe fazer Andy entregar o manuscrito de Harry Potter e as Relíquias da Morte que nem tinha saído ainda?
E a gente sonhando com esse emprego dos sonhos, tá mais pra pesadelo…
Mas enfim sem julgamentos do lado de cá, cada geração tem a vergonha alheia que merece e a nossa são esses clichês que tanto amamos. Afinal, o maravilhoso do tempo é isso, de podermos amadurecer, olhar para trás e aprender com os erros.
Nunca deixei de rever esses filmes e não é agora que vou começar, pelo contrário, já estou preparando a pipoca para mergulhar de vez nos filmes teens dos anos 2000 e você tem algum preferido? Além disso, qual foi o que mais te iludiu?